Economia

Modelo de exploração de petróleo não vai definir investimentos, diz instituto

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postado em 17/06/2009 19:07
O presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), João Carlos de Luca, disse nesta quarta-feira (17/6) que as empresas do setor estão preparadas para atuar no país seja qual for o modelo exploratório estipulado pelo governo. Defendendo que a atual regra que estipula a concessão de áreas seja mantida, o executivo ressaltou que a manutenção dos investimentos das companhias no Brasil vai depender exclusivamente da atratividade econômica dos projetos, de acordo com as regras que forem estipuladas. "Não dá para dizer que uma mudança nas regras afastaria as empresas, porque tudo dependerá da atratividade para se investir. As empresas do setor trabalham em qualquer situação, em qualquer região do planeta", afirmou, ao participar de debate sobre a exploração na camada pré-sal, promovido pela comissão especial de acompanhamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). A respeito do risco exploratório na camada pré-sal, De Luca reafirmou que a busca por petróleo na camada ultraprofunda "não é um bilhete premiado", ou seja, existe algum risco de não haver sucesso na procura por óleo. "Risco zero não existe. O cluster [região] de Santos é uma área diferenciada, que merece um tratamento diferenciado, mas não dá para extrapolar esse mesmo conceito para toda a área do pré-sal", observou. O gerente de exploração da Petrobras, Mario Carminatti, evitou dizer que não há risco de fracasso no pré-sal, mas lembrou que todas as perfurações feitas pela estatal naquela região foram bem sucedidas. Segundo Carminatti, a média mundial da indústria aponta que 30% das perfurações não resultam em descobertas. "Certamente, o risco no pré-sal fica bem abaixo desse", afirmou, sem estimar uma proporção. O representante da Petrobras informou que entre três e quatro sondas exploratórias já encomendadas serão entregues no segundo semestre e "devem atacar no pré-sal". Além destas novas unidades, a Petrobras avalia com a Esso a possibilidade de utilizar a sonda que está terminando uma fase exploratória no bloco BM-S-22, no pré-sal da bacia de Santos.

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