Economia

Bovespa fecha em queda de 0,28%, aos 50.903 pontos

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postado em 18/06/2009 17:44
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acumulou seu quarto dia de perdas numa sessão bastante esvaziada. Pelo terceiro dia a Bolsa ficou abaixo do patamar dos 52 mil pontos, o que parece confirmar o sentimento de uma parcela do mercado de que a valorização registrada em maio foi "exagerada". A taxa de câmbio alcançou R$ 1,97. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 0,28%, aos 50.903 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,43 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 5,66 bilhões/dia). Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,69%. O entusiasmo do investidor estrangeiro pelo mercado de ações doméstico "esfriou", como revela o saldo de investimentos de "não-residentes" da Bolsa: as vendas superaram as compras por R$ 466,5 milhões, na primeira quinzena. Para os analistas da corretora Gradual, "os investidores estrangeiros aproveitaram a onda de dados desfavoráveis para embolsar os ganhos do último rali da Bolsa e com isso o fluxo de saída de recursos colaborou para a queda do Ibovespa na semana". De segunda até hoje, o índice amarga queda de 4,96%. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,973, em um avanço de 0,45% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 280 pontos, número 3,44% abaixo da pontuação anterior. "Nós temos visto uma pressão muito grande por um dólar mais forte no curto prazo. O governo tem interesse, por causa da balança comercial, e realmente, a taxa de câmbio mais próxima de R$ 2 é benéfica para todos: para os exportadores, e mesmo para os bancos", comenta Mauro Araújo, da mesa de operações da corretora Vision. O mercado ainda tentou ir para o território positivo logo após a abertura dos negócios, sendo que os novos números do mercado de trabalho americano ajudaram a animar um pouco o investidor. Como visto nos últimos dias, o bom humor do investidor não parece durar muito e o movimento de realização de lucros tende a dominar o pregão no encerramento dos negócios. Segundo divulgou o Departamento de Trabalho dos EUA, o número de americanos recebem seguro-desemprego há pelo menos duas semanas caiu em 148 mil, para 6,76 milhões. Outra notícia positiva veio do instituto privado Conference Board, que apontou perspectivas um pouco mais positivas para a economia dos EUA nos próximos meses. Calculado a partir de uma série de indicadores econômicos, o índice do Conference Board teve alta de 1,2% em maio, segundo ganho consecutivo após sete meses de declínio. Economistas do setor financeiro calculavam um incremento de somente 0,9% para o período. Ainda nos EUA, o Federal Reserve da Filadélfia (uma das 12 divisões regionais do BC americano) revelou que a atividade nas manufaturas dessa região (nordeste do país) teve contração neste mês, mas em um ritmo muito menor que o observado em maio. A Europa, no entanto, continua a ser fonte das piores notícias do dia, confirmando a análise de vários economistas de que a recessão deve continuar severa no velho continente. As vendas do setor varejista no Reino Unido tiveram queda de 0,6% em maio, após um crescimento de 0,9% em abril. Economistas do setor financeiro previam um avanço de 0,6% para o período. O noticiário econômico foi um pouco mais favorável no front doméstico. O Banco Central sinalizou que deve suavizar o ritmo de redução da taxa básica de juros. Na semana passada, o colegiado de diretores do BC reduziu a chamada taxa selic de 10,25% ao ano para 9,25%. Após a divulgação da ata do Copom, economistas do setor financeiro projetaram cortes entre 0,25 ponto e 0,50 ponto percentual como resultado da reunião de julho.

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