postado em 18/06/2009 18:07
A agência de classificação Moody"s rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) da Petrobras em moeda local, justificando a alteração pelo "aumento do nível de dependência entre a Petrobras e o Governo do Brasil".
O "rating" da estatal para títulos em moeda estrangeira não foi mexido e permanece em "Baa1". A "nota" doméstica foi reduzida de "A2" para "A3", ainda dentro da classificação "grau de investimento". O grau de investimento é uma classificação reservada para países ou empresas com baixa probabilidade de calote de seus compromissos financeiros. Em tese, um "rating" elevado contribui para que uma empresa possa captar recursos no mercado internacional a juros menores comparativamente a uma empresa que não seja considerada nesse nicho. Por esse motivo, o "rating" que incide sobre os títulos emitidos no exterior costuma ganhar mais destaque em comparação com o "rating" sobre títulos restritos ao mercado doméstico.
Risco político
A equipe de analistas da Moody"s avaliou que "o grau de dependência entre a Petrobras e o Governo do Brasil tem aumentado consideravelmente no último ano", principalmente por conta do aumento dos empréstimos concedidos pelo BNDES.
"O governo também está tomando uma postura mais agressiva no controle de futuras licenças e termos fiscais nas áreas costeiras, apesar da Petrobras provavelmente continuar sendo favorecida como concorrente e operadora desses desenvolvimentos", acrescentam os analistas da agência.
No último dia 10, a agência de classificação de risco Standard & Poor´s reduziu o "rating" em moeda estrangeira da Petrobras de "BBB" para "BBB-", o que a mantém na faixa do grau de investimento.