postado em 18/06/2009 21:30
A indústria do Distrito Federal dá sinais de retomada do crescimento da produção e do aumento da oferta de emprego. A recuperação foi apontada pela pesquisa de indicadores de desempenho da indústria do DF, realizada pela Fibra, que apontou intensificação do funcionamento do parque industrial local e novas contratações de mão de obra, fatores que contribuem para a ampliação da oferta de bens e serviços industriais.
O DF registrou um pequeno crescimento na oferta de emprego. O aumento é de 2,16% em abril deste ano, quando comparado com março, e 0,8% em relação ao mesmo período em 2008. Quando comparado ao primeiro quadrimestre do ano passado, o acréscimo é de 1,62%. Um outro aumento importante foi na utilização do maquinário. Em abril deste ano, as máquinas no DF funcionaram com 67,33% da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), taxa 2,21 pontos percentuais acima da observada em março.
Por outro lado, o faturamento da indústia ainda oscila instantes de elevação e queda. Em abril o quesito apresentou queda de 2,46% em relação a março. Para o presidente da Fibra, Antônio Rocha, esse dado pode estar relacionado a uma série de fatores. "Acreditamos que o faturamento não teve índices iguais devido a contratos não recebidos, consolidação de atividades que tiveram queda, influência da crise em alguns setores, entre outros", afirmou.
Outro dado negativo é referente a exportação. Antônio não é muito otimista quanto a uma recuperação rápida. "A exportação ainda não sinalizou expressiva recuperação no que diz respeito ao ano passado. Em 2008 a arrecadação foi de R$ 168 milhões de dólares, acreditamos que para esse ano o número fique entre 28% a 30% menor." Comparando 2009 e 2008, a exportação apresenta uma arrecadação 34% menor.
No geral, para o presidente da Fibra, as expectativas são boas. "Nem todos os números são bons, mas o DF está passando com equilíbrio pela crise mundial que vivemos hoje", disse. Para ele, o setor Noroeste e Brasília Digital são projetos que devem trazer evolução significativa para as indústrias. "Com o Noroeste, cresce a construção civil, e consequentemente a cadeia produtiva para esse setor. Já com o Brasília Digital, o investimento em tecnologia de informação deve ser enorme", explica.