O Brasil viveu um ano dourado para o setor da construção, em 2007. Em volume executado, o valor das obras tocadas naquele ano atingiu R$ 128 bilhões. Em termos reais, a marca resultou num crescimento deflacionado - subtraída a variação do índice de custos da construção civil - de 11% quando comparado com o resultado obtido em 2006. Os dados foram retirados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
[SAIBAMAIS]Em 2007, pouco mais de 110 mil empresas compuseram o agente empregador do setor de construção, que registrou contratações de 1,8 milhão de pessoas. A remuneração paga, na média nacional, correspondeu a 2,3 salários mínimos, o que mostrou uma queda quando comparada com os rendimentos pagos em 2003, de 3,3 salários mínimos. Houve ganho, no entanto, na comparação nominal, de R$ 761,76 para R$ 955,08 pagos na média para cada trabalhador da construção, o que representou uma alta de 25,3%.
A pesquisa ressalta que os resultados de 2007 acompanharam o desempenho da economia naquele ano, em que ainda não havia dimensão dos impactos da crise econômica mundial. ;De uma maneira geral, reflete uma descentralização dos investimentos, que migraram em decorrência da expansão do turismo e da hotelaria no Norte e Nordeste;, avalia o economista Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do IBGE. Ele ressalta também que Brasília ajudou nessa descentralização. Em quatro anos, o DF registrou aumento no estoque de pessoal ocupado (16%) e no número de empresas operando (6,7%).