No Uniceub, na Asa Norte, as provas para a Funasa começaram às 9h e terminaram às 13h30, sem atrasos. De lembrança do concurso, na entrada do centro universitário ficaram centenas de panfletos de cursinhos preparatórios, propaganda para os que ainda continuarão na luta por um emprego público. Na avalição de uma das examinadoras da prova, o concurso correu normal e sem problemas, mas com algumas faltas. "Na minha sala havia 40 e faltaram 12. Em outra, com 50 candidatos, faltaram 16", relatou a examinadora Hélen Cristine Francis. Na 609 Norte, na sede da Funiversa, a expectativa para o processo seletivo para o cargo de advogado era grande. Bernardo Barcellos chegou mais cedo para evitar stress. "Eu não estava me preparando para essa prova. Estava estudando para o exame da ordem (Ordem dos Advogados do Brasil) e resolvi tentar", conta o advogado. "Preferi chegar cedo para não ter problemas com lugar para estacionar e ficar bem tranquilo antes da prova", emendou. A amiga dele, também advogada, Gabriela Tom disse ter se preparado um pouco mais. Nas últimas semanas, dedicou-se à Lei Orgânica do Distrito Federal e, na avalição dela, a prova seria concorrida. "Acho que vai ser mais simples, mas aí que está o problema. Fica mais complicado porque mais gente faz muitos pontos e a concorrência fica maior", afirma. Atrasada O movimento na porta das escolas onde ocorriam as provas não era grande. No Centro de Ensino Médio Paulo Freire, na 610 Norte, os ambulantes reclamavam da quantidade de candidatos. "Hoje teve pouca gente, as vendas foram mais fracas que em outros concursos", lamentou a vendedora Regina Rosa. Ainda na Paulo Freire, a candidata Marlua Correa se apressava para tentar chegar a tempo. Moradora de Taguatinga, não conseguia encontrar o endereço. Chegou ao local às 14h05, passou pelo primeiro porto, mas no segundo foi barrada. Marlua foi a única candidata da escola a se atrasar. "Eles disseram que o horário estava no edital e não teve jeito. Agora vou me preparar para outros e sair de casa com antecedência na próxima", resignou-se. A prova da Infraero começou com atraso de 18 minutos, durante a tarde, no Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul. Fora o atraso do começo, os candidatos disseram ter se irritado somente com um fato: não poderem levar a prova para casa. Nada que causasse confusão ou maiores questionamentos. "O conteúdo dessa prova foi superficial, mas o problema mesmo foi não deixarem a gente levar a prova. Não temos como questionar a organizadora em caso de questão controversa", queixou-se Alessandro Noronha, candidato a um cargo de meteorologista. Ele veio de Belém do Pará para fazer a prova por causa da concorrência menor. Na Funiversa, seleção para advogado da Terracap, o questionamento nas rodinhas de concurseiros que saíam da prova era a redação. Alguns diziam que não deveria ter sido uma redação dissertativa, mas uma petição ou outro tipo de texto jurídico. Para os que participaram das provas da Funasa, ainda há a segunda etapa, uma avalição de títulos. O gabarito das três provas tem previsão para ser divulgado na segunda-feira.