Economia

MySpace vai demitir dois terços de seus funcionários fora dos EUA

postado em 23/06/2009 11:36
O MySpace, rede social com foco em música administrado pela News Corp, de Rupert Murdoch, anunciou que vai demitir 300 dos 450 funcionários que trabalham em escritórios foram dos Estados Unidos. Unidades da empresa em várias cidades devem ser fechadas. Segundo comunicado da companhia, passarão por uma "restruturação" os escritórios na Argentina, Brasil, Canadá, França, Índia, Itália, México, Rússia, Suécia e Espanha. Mas, nesta segunda-feira (22/06), a matriz norte-americana informou aos funcionários no Brasil que o escritório, que emprega 12 pessoas, vai encerrar as operações no dia 1° de julho. A notícia foi recebida com surpresa, já que, segundo eles, a unidade brasileira gera lucro. [SAIBAMAIS] Com a restruturação, as unidades de Londres, Berlim e Sydney vão concentrar grande parte da operação internacional. O MySpace China, que é gerenciado localmente, e a unidade japonesa, que funciona com base em uma joint venture, não serão afetados. "À medida que analisamos a companhia, está claro que, internacionalmente, assim como nos Estados Unidos, o quadro de funcionários do MySpace se tornou muito grande e ineficiente para ser sustentável nas atuais condições de mercado", afirma Owen Van Natta, novo executivo-chefe do site, em comunicado. Na semana passada, Van Natta já havia anunciado a demissão de demitir 420 funcionários nos Estados Unidos, o equivalente a 30% de sua força de trabalho no país. De acordo com a News Corp, o objetivo é tornar o site mais eficiente do ponto de vista financeiro. O objetivo do MySpace é levar o quadro de funcionários a algo mais próximo do Facebook, que hoje tem cerca de 850 funcionários. O site da NewsCorp tem enfrentado dificuldades em aumentar sua base de usuários, que permanece na casa dos 125 milhões no mundo. Enquanto isso, o Facebook afirma que, em menos do ano, dobrou o número de usuários, para 200 milhões. No mês passado, o MySpace perdeu a liderança entre as redes sociais nos Estados Unidos para o Facebook, pela primeira vez. Levando em conta dados mundiais, isso já é realidade desde o ano passado. Dados da consultoria comScore indicam o portal da News Corp recebeu 70,255 milhões de visitas únicas nos EUA, enquanto o Facebook ficou com 70,278 milhões. A tendência é que essa diferença se amplie nos próximos meses.

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