Economia

Taxa de desemprego brasileira se descolou de outros países

postado em 23/06/2009 12:09
A taxa de desemprego nas principais regiões metropolitanas brasileiras deverá fechar o ano maior que a de 2008, mas longe de subir como em outros países, apontaram economistas do Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). [SAIBAMAIS] Depois de se manter estável em 15,3% de abril para maio, alguns sinais apontam para a manutenção da taxa nos próximos meses e até uma eventual melhora no segundo semestre, quando se espera uma recuperação da atividade econômica. A pesquisa ainda surpreendeu pela retomada dos empregos com carteira assinada - o que é interpretado como um sinal de que há mais confiança por parte do empresariado. "A taxa média [de desemprego] seria maior que em 2008, mas não explosiva como em outros países", disse Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese. "Entramos mais tarde na crise, que chegou aqui no final do ano, quando países já patinavam há cerca de um ano, e aparentemente sairemos antes. O que não significa, porém, que nos recuperaremos rápido." "Segundo uma série de modelos econômicos, ficaremos dentro dessa faixa atual. Mas eventualmente estamos sujeitos a chuvas e trovoadas", apontou o coordenador técnico da equipe de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian. Outro ponto positivo visto pelos pesquisadores veio da massa total de rendimentos, que de abril para maio teve acréscimo de 0,6%, depois de passar três meses em queda.

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