Economia

CNI revisa indicador para baixo e PIB do Brasil deve cair 0,4% em 2009

postado em 25/06/2009 11:40
A economia brasileira terá retração de 0,4% em 2009, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta quinta-feira (25/06). A instituição revisou para pior as expectativas para a economia brasileira neste ano, elaboradas em março. A previsão anterior era de que a economia ficasse estável, sem crescimento nem retração. A revisão do "Informe Conjuntural" aponta ainda retração de 3,5% no PIB industrial (produto interno bruto, soma de todas as riquezas produzidas pela indústria do país em um ano), ante queda de 2,8% na projeção anterior. O dado positivo vem do consumo das famílias, que apontava queda de 0,9% em março e foi revisado para alta de 0,9%. A taxa de desemprego também deve cair levemente em relação a março: de 9,1% passou para 8,9% no encerramento do ano. A expectativa para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi mantida em 4,2%, mesmo com a previsão de redução na taxa básica de juros, que passou 9% para 8,75%. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central reduziu os juros em um ponto percentual, de 10,25% para 9,25%. Nas contas públicas, houve previsão de aumento para o déficit público nominal (de 2,1% do PIB para 2,3%), para a dívida pública líquida (37,9% para 38,7% do PIB) e de queda para o superávit primário (de 2,7% para 2,5% do PIB). O câmbio deve fechar 2009 em R$ 2,06, ante a previsão de R$ 2,30 de março. Em 2008, o dólar fechou cotado a R$ 1,83. O comércio exterior terá uma retração maior do que a esperada no início do ano: as exportações devem cair de US$ 157 bilhões para US$ 151,5 bilhões (em 2008, foram US$ 198 bilhões). As importações devem ter retração de US$ 139 bilhões para US$ 130 bilhões (ante US$ 173 bilhões em 2008). O saldo comercial, que no ano passado foi de US$ 24,7 bilhões deve passar para US$ 21,5 bilhões, ante a expectativa de US$ 18 bilhões em março. Isso porque as importações brasileiras caíram mais do que as exportações.

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