Economia

Milionário americano acusado de fraude se declara inocente

postado em 25/06/2009 16:25
O multimilionário americano Allen Stanford e três de seus ex-funcionários se declararam nesta quinta-feira (25/6) inocentes diante das acusações de uma fraude de aproximadamente US$ 7 bilhões. Os advogados de Stanford pedirão ao Tribunal Federal de Houston (Texas) que liberte Stanford, 59, sob pagamento de fiança. A Promotoria pediu que ele continue detido, pois considera que ele poderia fugir se forem levados em conta seus recursos e ligações internacionais. O advogado Dick DeGuerin, que representa Stanford, disse ao jornal The Houston Chronicle que a preparação do caso levará aproximadamente um ano, e que o julgamento durará outros seis meses. Os outros três acusados, que ficaram livres após pagar fiança, são Laura Pendergest Holt, ex-chefe de investimentos do Grupo Stanford; Gilberto López, então responsável pela contabilidade da empresa; e Mark Kuhrt, do setor de gastos do escritório de Houston. O governo americano acusou o grupo de se envolver em uma fraude que incluiu um banco de Stanford em Antígua e Barbuda. Segundo a Promotoria, foi lá que o multimilionário subornou um funcionário para que o procedimento avançasse. Stanford chegou algemado esta manhã ao Tribunal, com grilhões nos tornozelos e usando uniforme de prisão. Semana passada um júri apresentou formalmente as acusações contra Stanford, que se entregou ao FBI na Virgínia. Ele compareceu a uma juíza, que ordenou sua detenção pelo risco de o ex-presidente da Stanford Financial Group fugir do país. Outro júri, do Distrito Sul do Texas, fez outras 21 acusações a Stanford e outras quatro pessoas, supostamente envolvidas na fraude comandada pelo multimilionário durante mais de uma década. Em Antígua e Barbuda, o ex-analista Leroy King se entregou nesta quinta-feira às autoridades e enfrentará acusações de envolvimento com a suposta fraude milionária. King, que agora encara o trâmite de extradição aos EUA, foi demitido esta semana pelo governo, depois de a Securities ans Exchange Commission (SEC, a CVM americana) o acusar de aceitar mais de US$ 100 mil em subornos.

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