Economia

Bovespa volta ao patamar dos 51 mil pontos e fecha em alta de 3,71%

postado em 25/06/2009 17:39
Puxada por seus principais papéis, as ações da Vale e Petrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou ao patamar dos 51 mil pontos, predominante desde o final de maio. Em Wall Street, a revisão final do PIB americano não surpreendeu o mercado. E no mercado de câmbio doméstico, a taxa de câmbio concluiu o dia em R$ 1,95. [SAIBAMAIS]O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 3,69% no fechamento e alcançou os 51.503 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,73 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 2,08%. A ação preferencial da Petrobras teve alta de 4,03%, enquanto a ação da Vale avançou 4,10%. Juntos, os dois papéis somaram negócios da ordem de R$ 1,32 bilhão. As duas empresas, as maiores do país, anunciaram hoje acordo para exploração de gás natural em três blocos petrolíferos no Espírito Santo, no litoral norte. Os blocos estão situados entre mil e 2 mil de profundidade, na região acima da camada do "pré-sal". O dólar comercial foi vendido por R$ 1,952, o que representa um declínio de 1,66% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 292 pontos, número estável sobre a pontuação anterior. O mercado começa a "calibrar" a euforia dos meses de abril e maio em confronto com o desânimo percebido neste mês, em que os investidores se dedicaram a vender ações que subiram demais nas semanas precedentes. A agência de classificação de risco Moody"s deu sua "contribuição" para elevar os ânimos hoje, ao divulgar um relatório sobre as perspectivas para a América Latina, particularmente positivo sobre o Brasil. Na contramão das projeções do mercado, a agência estimou um crescimento de 0,9% para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano. Para 2010, a projeção é de um crescimento de 4,2%. "A América Latina sairá da recessão antes do final deste ano enquanto a recuperação ganhará força no próximo ano. Países do Cone Sul vão liderar a recuperação", avalia o analista da Moody"s, Alfredo Coutinho. "Os países que devem liderar o avanço serão aqueles que reportaram contrações mais fracas, com mercados domésticos mais fortes e cujo crescimento depende menos do setor externo. (...) Dessa forma, os líderes serão o Brasil, onde as exportações representam menos de 13% do PIB [Produto Interno Bruto], seguido pelo Peru", comenta o economista mexicano. Entre as principais notícias do dia, o governo dos EUA informou que a economia do país encolheu 5,5% no primeiro trimestre deste ano. Trata-se da revisão final da variação do Produto Interno Bruto (PIB) e veio um pouco melhor do que a estimativa de consenso no mercado: uma contração de 5,7%. Ainda nos EUA, o Departamento de Trabalho revelou um aumento da demanda pelos benefícios do seguro-desemprego, para uma cifra total de 627 mil solicitações até a semana passada. O dado surpreendeu os analistas, que previam uma queda para 600 mil pedidos. No front doméstico, o Banco Central divulgou que o volume de crédito do país atingiu a marca histórica de R$ 1,259 trilhão em maio. No mesmo período, o BC também detectou que o nível de inadimplência atingiu nível recorde, na série histórica iniciada em 2000. A autoridade monetária espera que a frequência de atrasos começa a normalizar a partir de junho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 8,8% em maio, ante 8,9% em abril. Já a Fundação Getulio Vargas (FGV) trouxe a boa notícia do dia: a sondagem periódica de opinião pública mostrou que o nível de confiança do consumidor brasileiro na economia voltou aos patamares de setembro, antes da pior fase da crise mundial.

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