postado em 26/06/2009 09:44
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Japão registrou em maio uma queda recorde de 1,1% e confirmou o retorno da deflação à segunda economia do mundo, que já encadeou três meses de redução dos preços.
A deflação de maio, que se deve em grande parte à queda do custo do petróleo e a um consumo interno cada vez menor no Japão, coincide, no entanto, com os primeiros sinais de luz no final do túnel da pior recessão no Japão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
[SAIBAMAIS]O Ministério do Interior e de Comunicação publicou nesta sexta-feira (26/06) um relatório no qual revelava que o IPC nacional, que exclui os alimentos perecíveis por sua excessiva volatilidade nos preços, caiu em maio 1,1% anualizado, a maior redução desde que se começou a recopilar estes dados em 1971.
Os analistas já tinham previsto uma queda similar, após dois meses consecutivos de 0,1% anualizado de retrocesso dos preços, precedidos de outros dois meses nos quais os preços se mantiveram invariáveis, uma coisa que não acontecia desde meados de 2007.
O governo disse que o principal responsável da baixa do IPC em maio foi o barateamento da energia, um ano depois que os elevados preços deste setor, e concretamente do petróleo, representaram uma dor de cabeça para os mercados internacionais.
A fraqueza cada vez mais aguda do consumo privado no Japão poderia dar lugar a um prolongamento do temido ciclo deflacionário, em um país que já foi testemunha da estagnação que produz uma evolução negativa dos preços.
Paralelamente, as importações se reduziram em maio no Japão 42,4%, em taxa anualizada, o que revela que a demanda interna de bens importados por parte dos consumidores japoneses continua mostrando sinais de fraqueza.