Economia

BC prevê aumento do desemprego até julho e queda no fim de 2009

postado em 26/06/2009 12:51
O Banco Central prevê que a taxa de desemprego deve chegar a um pico de 9,8% em julho e encerrar o ano em 8,8%, de acordo com o diretor de Política Econômica do BC, Mário Mesquita. O último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 8,8% em maio, praticamente estável em relação a abril (quando a taxa ficou em 8,9%). No final de 2008, a taxa estava em 6,8%, mas subiu devido à piora na crise internacional de crédito. [SAIBAMAIS]O BC prevê também um aumento da massa salarial de 2,5% neste ano, depois do avanço de 6,9% em 2008. Nos 12 meses encerrados em maio deste ano, cresceu 3,3%. O número não considera a renda do funcionalismo público, aposentados e Bolsa Família. Com isso, o percentual sobe para 3,5%. O diretor atribui esse crescimento menor à mudança provocada pela crise. "Os rendimentos nominais estavam crescendo em um ritmo muito forte no ano passado e agora mostram uma desaceleração", afirmou. Em maio, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que o nível de desemprego retornará ao patamar observado em 2007. Naquela época, esse indicador chegou a mais de 10%. PIB O Banco Central revisou a projeção de crescimento da economia em 2009 de 1,2% para 0,8%. A nova previsão faz parte do Relatório de Inflação do segundo trimestre, divulgado nesta sexta-feira. O número está um pouco abaixo da estimativa do Ministério da Fazenda, que em março reduziu a previsão de crescimento da economia de 2% para 1%. De acordo com o BC, a redução na previsão de crescimento reflete uma expectativa de impactos maiores da crise econômica na indústria. A instituição estima uma queda de 2,2% no PIB do setor. A previsão anterior era de um aumento de 0,1%.

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