Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa fecha em queda de 0,06%, aos 51.485 pontos

As ordens de compra predominaram na sessão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) durante boa parte do pregão desta sexta-feira (26/6). Mas nos minutos finais, a influência externa foi mais forte e fez a Bolsa encerrar o antepenúltimo pregão do mês em terreno negativo. Em junho, até o pregão de hoje, o índice Ibovespa acumula queda de 3,22%. Em Wall Street, a Bolsa de Nova York não saiu do chão durante todo a jornada. Já a taxa cambial caiu pelo segundo dia, para R$ 1,93. [SAIBAMAIS]O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, teve leve baixa de 0,06% no fechamento, recuando para os 51.485 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,85 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 5,39 bilhões/dia). Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em retração de 0,40%. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,939, em um decréscimo de 0,66% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 291 pontos, número 0,34% abaixo da pontuação anterior. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o nível de gastos do consumidor local teve aumento de 0,30% no mês de maio, em linha com as expectativas do setor financeiro. O nível de rendimentos, no entanto, teve crescimento de 1,4% no mesmo período, um incremento inesperado de renda, já que economistas não esperavam uma variação muito acima de 0,30%. Outro indicador da economia americana também foi positivo: a sondagem da Universidade de Michigan mostrou que o nível de confiança do consumidor atingiu seu maior nível desde fevereiro de 2008, surpreendendo os analistas de mercado. Front doméstico No front doméstico, o Banco Central divulgou uma nova projeção para o crescimento da economia brasileira: em vez da taxa de 1,2%, a nova estimativa é de aumento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Ontem, a agência de classificação de risco Moody?s revelou esperar um crescimento de 0,9% para o Brasil neste ano. A taxa de inflação prevista para 2009 passou de 4% para 4,1%, enquanto o IPCA projetado para 2010 foi de 4% para 3,9%. Para Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, o BC traçou uma trajetória "benigna" que pode abrir para mais uma redução dos juros na reunião do julho do Copom (Comitê de Política Monetária). "Esperamos queda de 50 pontos percentuais da Selic em julho, com grandes chances de nova redução em setembro. Ao contrário do precificado pelo mercado, não esperamos altas da Selic em 2010", avalia, em comentário sobre o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje.