postado em 26/06/2009 07:00
A cúpula dos líderes do G-20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, terminou ontem como os analistas esperavam: muito discurso e poucas medidas práticas. Reunidos em Pittsburgh (EUA) por dois dias, os chefes de governo e Estado se comprometeram em manter as medidas de estímulo à economia até que a recuperação esteja garantida. Eles prometeram criar uma estrutura para coordenar a atuação dos países, reequilibrar a expansão global e definir regras mais rígidas para o funcionamento dos bancos até 2012.
"Nossos países concordaram em fazer tudo que for necessário para garantir a recuperação, consertar nosso sistema financeiro e manter o fluxo global de capital", destacou o comunicado final do encontro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a consolidação do G-20 como foro de discussão mais importante que o G-8 (sete países mais industrializados e a Rússia). "O G-20 tem um papel excepcional na nova ordem mundial e se tornou o principal foro para discussões econômicas globais", disse em entrevista após o discurso final do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Lula também comemorou a proposta de aumento em 3% da participação dos principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China) nos votos no Banco Mundial e de 5% no Fundo Monetário Internacional. Os representantes dos países queriam uma elevação de pelo menos 7%, mas Obama conseguiu um acordo com os líderes das nações mais ricas em torno dos percentuais fixados no comunicado final. Os líderes também se comprometeram a estudar mudanças na formação da diretoria-executiva de ambos os organismos multilaterias. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou estudo para a tributação da especulação financeira.