Economia

Petróleo sobe com ataque na Nigéria e atinge maior valor em duas semanas

postado em 29/06/2009 17:46
O preço do petróleo registrou alta nesta segunda-feira (29/6), devido aos ataques de grupos armados na Nigéria contra uma plataforma marítima da Royal Dutch Shell. As instalações da plataforma foram danificadas e parte da produção foi suspensa. O barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou cotado a US$ 71,49, em alta de 3,36%, preço que não chegava há mais de duas semanas. O porta-voz da Shell, Precious Okolobo, confirmou o ataque e a interrupção parcial das atividades. A guerrilha nigeriana Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (Mend, na sigla em inglês) declarou hoje que matou 20 soldados no ataque contra a plataforma da Shell. Segundo um comunicado do movimento enviado à imprensa, quando os rebeldes atacaram a plataforma, no litoral do estado de Delta, uma embarcação militar interveio e "foi afundada com todos os seus ocupantes, que eram entre 20 e 23". O Mend já havia rejeitado a anistia oferecida aos grupos armados do sul do país pelo presidente Umaru Yar?Adua. De acordo com o movimento, a oferta do governo "não está dirigida, aparentemente, a combatentes pela liberdade como o Mend, mas a ladrões armados, sequestradores e outros criminosos". Hoje também a Agência Internacional da Energia (AIE, na sigla em inglês) corrigiu para baixo suas perspectivas de consumo mundial de petróleo até 2014, segundo relatório anual sobre o prazo médio apresentado hoje. No documento, a agência informa que em nenhum caso se repetirá a situação de 2008, quando a capacidade de produção de petróleo era de apenas 3,1% superior à demanda, o que contribuiu muito para que o barril de chegasse a quase US$ 150. No entanto, prevê que depois da diminuição do consumo que está acontecendo neste ano --a demanda ficará em 83,21 milhões de barris diários após os 85,76 milhões de 2008-- os números deverão se recuperar lentamente, e com elas voltará a diminuir a proporção de produção extra.

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