Economia

Bovespa fecha em alta de 1,27%, aos 52.137 pontos

postado em 29/06/2009 18:17
A recuperação dos preços das commodities (matérias-primas) ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a retomar o nível dos 52 mil pontos na jornada desta segunda-feira (29/6). As ações da Petrobras contribuíram para a recuperação da Bolsa brasileira, num dia em que o preço do barril do petróleo bateu seu maior preço em duas semanas. Nos EUA, a Bolsa de Nova York também ficou em terreno positivo. Já a taxa de câmbio atingiu R$ 1,96. [SAIBAMAIS]O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, subiu 1,27% no fechamento e bateu os 52.137 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,38 bilhões, inflado pelos negócios com a ação da Visanet, em sua estreia na Bolsa. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 1,08%. No final do pregão de hoje, a ação ordinária da Visanet disparou 11,80%, sendo cotado pelo preço de R$ 16,77. Somente esse papel movimentou R$ 2,88 bilhões. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,963, em alta de 1,23% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 279 pontos, número 4,12% abaixo da pontuação anterior. Perspectivas O sócio-gestor da Humaitá Investimentos, Márcio Macedo, está cauteloso com as perspectivas da Bolsa pelos próximos meses, considerando o enorme peso das empresas vinculadas às commodities no índice de referência do mercado de ações brasileiro: o Ibovespa. "Você tem um cenário de real mais forte e sem perspectiva de um grande aumento nos preços das commodities. Isto quer dizer que muitas empresas brasileiras vão sofrer com margens [de lucro] mais apertadas", avalia. Refletindo uma opinião bastante corrente no mercado, Macedo não vê muito espaço para a Bolsa "escapar" do patamar em torno dos 50 mil pontos, já que as ações de maior peso no índice "subiram muito rápido e com muita força". "Algumas dessas ações já estão bastante caras, inclusive". Para ele, a próxima tendência dos investidores deve ser a busca pelas chamadas "ações de segunda linha", de empresas mais ligadas a consumo. O que deve criar dificuldades adicionais para quem quiser alocar recursos no mercado acionário. "Daqui para frente, não adianta mais comprar o "kit Petrobras-Vale´. O investidor vai ter que ser mais seletivo", avalia. Inflação e contas públicas Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas voltou a revisar suas projeções para a contração do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano: em vez de uma queda de 0,57%, a nova estimativa é de uma queda de 0,50%. O BC também informou que a dívida pública subiu pelo quinto mês consecutivo, atingindo R$ 1,245 bilhão. O principal indicador que mede a dívida líquida do setor público (relação dívida/PIB, Produto Interno Bruto) subiu de 41,4% em abril para 42,5% no mês passado. O governo anunciou a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor para carros, eletrodomésticos e materiais de construção. Haverá desoneração desse imposto para uma lista de 70 itens, do setor de máquinas e equipamentos. A Fazenda também comunicou que a taxa de juros utilizada nos empréstimos do BNDES para 6% ao ano. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que o IGP-M apontou deflação pelo quarto mês consecutivo. A variação de junho foi negativo em 0,10%, inferior às expectativas do mercado. O IGP-M é utilizado tradicionalmente para o reajuste dos contratos de aluguel. No front externo, o governo japonês informou que a produção industrial do país cresceu 5,9% em maio. Segundo o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do país, esta é a terceira aceleração mensal consecutiva.

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