Economia

Queda na confiança faz Bolsas dos EUA terem forte queda

postado em 30/06/2009 18:32
As Bolsas dos Estados Unidos encerraram a sessão desta terça-feira (30/6) em baixa, ante a queda inesperada na confiança do consumidor americano neste mês, segundo a pesquisa divulgada hoje. A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) registrou queda de 0,97%, indo para 8.447 pontos no índice Dow Jones Industrial Average - principal referência do mercado financeiro americano -, enquanto o índice ampliado S 500, também da Nyse, caiu 0,85%, aos 919,32 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq recuou 0,49%, com 1.835,04 pontos. [SAIBAMAIS]"O índice de confiança (dos consumidores) colocou o mercado realmente na defensiva", disse Peter Cardillo, da Avalon Partners, que avaliou que a trajetória de baixa foi impulsionada pelo fraco volume de transações. O índice apurado pelo Conference Board e divulgado nesta terça-feira foi um "duro golpe" no mercado, segundo Lindsay Piegza, da FTN Financial. O indicador ficou em 49,3 pontos, depois dos 54,8 pontos (dado revisado) vistos em maio. A expectativa dos analistas era de um aumento para 55 pontos. "Os sinais que levavam a crer em uma mudança de tendência do mercado imobiliário foram ofuscadas pela perda da confiança", disse Piegza. O dado do Conference Board contrasta com o apresentado pela Universidade de Michigan na semana passada, que ficou em 70,8 pontos, contra 68,7 em maio. Este indicador superou as expectativas dos analistas, que previam um resultado em 69 pontos. A queda na confiança do consumidor ofuscou outros dados relativamente mais positivos: o índice Standard & Poor´s/Case-Shiller, divulgado hoje, mostrou que o ritmo de queda nos preços dos imóveis residenciais nos EUA diminuiu, com um recuo de 0,6% em abril em relação a março deste ano (muito abaixo dos 2,2% de recuo na comparação mensal vista de março com fevereiro). Além disso, o Instituto de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que a atividade industrial na região de Chicago apresentou melhora significativa em junho, com o indicador apurado pelo instituto apontando 39,9 pontos neste mês, contra 34,9 em maio. O resultado superou as previsões dos analistas, que estimavam um índice de 39 pontos neste mês. A prudência dos investidores também se acentuou hoje, último dia do segundo trimestre. "Sem contar que os investidores se preparam para um indicador mais importante nesta quarta-feira, do resultado mensal sobre emprego", disse Cardillo. Ainda assim, Wall Street encerrou o trimestre com desempenho positivo: o Dow Jones acumulou alta de 11%, a Nasdaq, de 20%, e o S 500, de 15%.

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