Agência France-Presse
postado em 02/07/2009 20:56
O presidente do Banco Mundial Robert Zoellick destacou nesta quinta-feira (2/7), em Santiago, a posição vantajosa dos maiores países da América Latina para enfrentar a crise econômica.
"Tendo trabalhado com crises durante os anos 80 e 90, o que mais chama a atenção é como a América Latina lida com esta crise em uma posição diferente", disse Zoellick, após uma reunião com a presidente do Chile, Michelle Bachelet.
"Obviamente, há uma grande diversidade entre cada país, mas alguns países, incluindo os maiores - como Brasil, México, Colômbia, Peru e Chile - lidaram com a crise de uma posição boa", estimou o presidente do Bird.
[SAIBAMAIS]De acordo com Zoellick, os fatores que influenciam este melhor posicionamento incluem orçamentos mais fortes, maiores reservas, melhor posição comercial e um manejo flexível do tipo de câmbio.
"Além disso, passam por uma boa base no que diz respeito à proteção social", estimou.
Zoellick ponderou, no entanto, que o bom panorama não significa que estes países vão escapar incólumes da crise, mas "têm mais flexibilidade como para combatê-la".
"Um dos desafios que vários países vão ter que enfrentar é a dificuldade para ter acesso ao financiamento internacional para apoiar alguns de seus programas", alertou.
Zoellick lembrou ainda que a América Latina foi a região que mais recebeu recursos do Banco Mundial no ano fiscal concluído na última quarta-feira, com mais de US$ 17 bilhões de um total de US$ 59 bilhões investidos em todo o mundo.