Economia

Servidores da Embrapa devem aceitar proposta sobre acordo salarial

postado em 03/07/2009 14:49
Funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) devem aceitar, em 38 assembleias realizadas nas unidades espalhadas no País, as propostas da companhia referentes ao acordo salarial. A apuração das votações será concluída na segunda-feira, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Valter Endres. "Estamos formando as assembleias hoje com indicativo de aprovação", disse o sindicalista. Exatamente um mês após o primeiro dia de greve feita pelos trabalhadores durante 13 dias (os funcionários da Embrapa entraram em greve no dia 2 do mês passado e, no dia 15, suspenderam o movimento, porque, segundo o Sinpaf, havia uma sinalização de avanço das negociações), o reajuste salarial proposto pela companhia ontem, durante reunião com o sindicato, foi de 6% retroativo a 1º de maio. Inicialmente, a proposta era de 4,5% e, em seguida, passou para 5,53% - porcentual acumulado do Índice de Praços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses até maio. A oferta é bem inferior à taxa solicitada pelo Sinpaf, de 15%, mas deve ser acatada. "Queríamos aumento real de salário. A oferta agora foi pequena, mas não dá para dizer que não tivemos", afirmou Endres. A maior vitória dos trabalhadores, porém, diz respeito à base de cálculo estipulada para o pagamento do adicional de insalubridade. A Embrapa insistia em usar como referência o salário mínimo, enquanto o sindicato buscava ter o salário-base dos trabalhadores como paradigma. O que ficou acertado entre as duas partes ontem é que a referência seria o salário do assistente B, de R$ 1.649,01, sem o reajuste. O valor servirá para o pagamento de adicional de todos os funcionários que podem receber o benefício. "Com isso, cessamos a discussão", comentou Endres. "A saúde dos trabalhadores terá o mesmo preço, independente do cargo que ocupe dentro da empresa", completou. Os funcionários da Embrapa também conseguiram obter reajustes acima da inflação no caso de tíquete alimentação (11,76%), auxílio creche (6,82%), auxílio para dependentes portadores de necessidades especiais (7,41%). A empresa ofereceu também abono de cinco dias durante o período de greve. Em relação aos demais, haverá livre negociação entre o sindicato e as chefias de unidades da empresa.

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