Economia

Coutinho prevê que mercado de capitais vai voltar forte

postado em 03/07/2009 20:12
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira (3/7) que o "mercado de capitais no segundo semestre deve ser vibrante, positivo", pois há uma perspectiva de melhora dos financiamentos para as empresas no Brasil no curto prazo. "O Brasil tem um sistema empresarial moderno que precisa ter opções. De um lado tem o BNDES e de outro um mercado que ofereça financiamentos de longo prazo", comentou Coutinho, após participar de um evento em São Paulo [SAIBAMAIS]O presidente do BNDES destacou que, em 2006, o mercado de capitais chegou a ser mais importante na concessão de empréstimos para companhias do que o BNDES. Porém, com a atual recessão mundial, o banco oficial se tornou a principal fonte de financiamento de projetos empresariais que vão maturar em um período de vários anos. "Tenho falado que a partir de agora um desembolso grande demais do BNDES não é um bom sinal. Bom sinal é o mercado voltar a financiar a formação de capital no País", comentou Coutinho "O mercado de capitais vai voltar muito forte no segundo semestre. E o BNDES terá um pouco de refresco. Espero que a gente tenha um pouco de refresco, porque a nossa vida não está fácil", afirmou Coutinho, com bom humor, sobre a intensa demanda que a instituição pública tem neste momento, pois está suprindo boa parte da retraída concessão de crédito para empresas Em conversa com jornalistas, Coutinho destacou que, quando mencionou a expressão "refresco" para o BNDES, não estava se referindo às eventuais limitações de fundos para a liberação de financiamentos. Até maio, o BNDES liberou R$ 92,2 bilhões no período acumulado de 12 meses Ele explicou que a partir de agora, com o aumento das operações de crédito no mercado de capitais - o que deve ocorrer devido à solidez do sistema financeiro nacional -, será bom para o País o aumento de alternativas financeiras para o setor corporativo. "Isso porque desonera o BNDES de ter de carregar sozinho a incumbência de financiar (projetos) de longo prazo"

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