postado em 06/07/2009 11:30
Dias antes da reunião do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia) na Itália, marcada para a próxima quarta-feira (8/07), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que "está vendo pouca coisa acontecer por parte dos países ricos".
"É preciso cobrar o que decidimos que o FMI [Fundo Monetário Internacional] e o Banco Mundial iriam fazer", disse o presidente, que está na França.
[SAIBAMAIS]No programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou que espera avanços dos países ricos e reiterou que o "grande fórum de discussões das questões econômicas" deveria ser o G20 (grupo que reúne as economias desenvolvidas e emergentes), que tem reunião marcada para setembro.
Entre os temas que devem entrar em pauta no G8, o presidente destacou a segurança alimentar e lembrou que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o número de pessoas que passa fome no mundo deve passar de 1 bilhão este ano. Para ele, o Brasil tem "uma lição a dar" e "experiência" por meio de programas como o Mais Alimentos.
"Vamos chegar [à reunião do G8] em uma posição confortável de discutir, em condições de igualdade, com os países ricos do mundo. A verdade é que a situação está tão complicada que hoje é muito difícil os países ricos tomarem uma posição que não leve em conta o chamado Bric [grupo que reúne o Brasil, a Rússia, a Índia e a China]", disse.
Lula participa hoje de um jantar com o primeiro-ministro português, José Sócrates. Amanhã (8), o presidente brasileiro se reúne com o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy.