Economia

Carga tributária sobe para 35,8% do PIB e bate recorde

postado em 07/07/2009 10:39
A carga tributária brasileira bateu novo recorde histórico em 2008 e chegou a 35,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo números divulgados nesta terça-feira (7/07) pela Receita Federal. Em 2007, estava em 34,72%. O dado compara a arrecadação tributária do ano passado (R$ 1,034 bilhão) com a soma de todas as riquezas produzidas no país no mesmo período (R$ 2,889 trilhões). No ano passado, a arrecadação avançou 8,3%, enquanto a economia cresceu 5,1% (descontada a inflação). A carga tributária divulgada pela Receita Federal ficou um pouco abaixo da prevista pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Segundo a entidade, os tributos corresponderam a 36,56% do PIB no ano passado. No início do governo Lula, a carga representava cerca de 32% do PIB. A Receita não apresentou os números para os governos anteriores. Imposto de Renda O aumento da carga em 2008 foi puxado pelos tributos recolhidos pelo governo federal, principalmente, Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O aumento da carga só não foi maior devido ao fim da CPMF, derrubada pelo Congresso no final de 2007. De acordo com a Receita, o aumento da carga se deve ao aumento da lucratividade das empresas e da renda do trabalhador. "O incremento da carga tributária deve ser explicado como resposta a um cenário econômico favorável, que alavancou o resultado das empresas e a renda das famílias", diz a Receita em nota. Dividida por cada ente da Federação, a carga tributária do governo federal passou de 24,33% para 24,92%. Nos governos estaduais, passou de 8,8% para 9,23%. Nos municípios, subiu de 1,59% para 1,64%. Outros países. De acordo a Receita, na lista de 29 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tinha em 2007 - último dado comparável - a 20ª maior carga tributária (34,72%). A média da carga nesses países é de 36,1%. Ficam abaixo, por exemplo, Japão (18,4%, a menor entre esses países), EUA (28,3%) e Canadá (33,3%). Entre os países com carga maior estão: Alemanha (36,2%), Itália (43,3%) e Dinamarca (48,9%, a maior).

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