postado em 07/07/2009 15:31
O número de motocicletas cresceu no segundo trimestre deste ano, mas deve fechar o ano com desempenho negativo, segundos dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo). Os números do mercado brasileiro de motocicletas indicam um aumento de 7% nas vendas no segundo trimestre de 2009, em comparação com os três primeiros meses do ano, chegando a 422.338 unidades de abril a junho.
[SAIBAMAIS]"O balanço demonstra que os efeitos da redução da COFINS estão surtindo efeito", diz Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo.
A recuperação projetada pelo presidente para o segundo semestre tem como base o aquecimento do mercado previsto para o período e medidas negociadas com o governo, como a prorrogação da Cofins e da isenção da taxa Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
Outra medida anunciada pelo governo é a linha de crédito de R$ 100 milhões realizada pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), exclusiva para financiamento de motos através da Caixa Econômica Federal. Com a verba, que deve estar disponível para o público a partir de agosto, o consumidor deve ter maior facilidade na aprovação de crédito, e financiamento de até 100% do valor.
"Os motofretistas poderão comprar sem entrada. A procura pela aquisição de motocicletas continuou intensa durante todo esse período. O que afetaram as vendas foram as exigências para a aprovação de crédito e a necessidade de uma parte do valor de entrada, dificuldades oriundas da crise", afirma Paulo Takeuchi.
A produção, afetada pela queda nas exportações, registrou queda de 38% no semestre, para 686.564.
No acumulado do semestre, as vendas para o mercado externo apresentaram queda de 50%, em comparação com os seis primeiros meses de 2008 --de 57.467 unidades para 28.539. No comparativo mês a mês, as exportações tiveram ligeiro aumento em junho: 3,7% a mais do que em maio.
Segundo o presidente da Abraciclo, neste segundo semestre as vendas devem ser 20% superiores às registradas nos primeiros seis meses do ano. Porém, na projeção anual estima-se que as vendas devam ser 10% menores do que as de 2008.