postado em 07/07/2009 17:28
A apreensão do investidor com as perspectivas para a economia global manteve a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em terreno negativo na sessão desta terça-feira (7/7). Amanhã começa a temporada de balanços nos EUA, o que não vai amenizar o nervosismo do mercado. E refletindo o ambiente e maior aversão a risco, a taxa de câmbio doméstica atingiu R$ 1,99.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retraiu 2,30% no fechamento, aos 49.456 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em queda de 1,94%.
[SAIBAMAIS]O dólar comercial foi vendido por R$ 1,993, em alta de 1,63%. A taxa de risco-país marca 293 pontos, número 4,27% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a Fundação Getulio Vargas (FGV) calculou uma deflação de 0,32% no mês de junho, pela leitura do índice de preços IGP-DI. No ano, o índice acumula queda de 1,04% e, nos últimos 12 meses, acumula alta de 0,76%.
Ontem à noite, a agência de classificação de risco Moody´s informou nesta segunda-feira que, em sua próxima reavaliação, pode melhorar o "rating" do Brasil. Se confirmada, a revisão da nota de risco brasileira pela Moody´s seria uma promoção para o grupo de países grau de investimento. O Brasil já é considerado um integrante deste grupo pelas agências Fitch e Standard & Poor´s.
Na Europa, o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) revelou que a produção industrial do Reino Unido caiu 0,5% em maio, acima do esperado pelos especialistas. No mês anterior, a produção tinha apresentado estabilidade.
A agenda econômica dos EUA está praticamente sem maiores destaques. Hoje, a Associação de Banqueiros Americanos (ABA, na sigla em inglês) divulgou hoje seu índice de inadimplência, apontando para uma alta de 3,23% no primeiro trimestre deste ano. Trata-se da taxa mais alta desde o início da série histórica da ABA, nos anos 70, e supera o recorde anterior (3,22%), registrado no trimestre final de 2008.