Economia

Exportações de carne bovina in natura têm sinais de recuperação

postado em 08/07/2009 16:38
As exportações de carne bovina in natura começam a dar sinais de recuperação. Dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) mostram que, em junho, o país exportou 132 mil toneladas, volume 9% maior do que o comercializado no mesmo mês de 2008. A queda da receita cambial com as vendas também vem diminuindo em relação ao ano passado. No primeiro trimestre ela chegou a 34%, caindo para 29% no semestre e 14%, considerando apenas o mês de junho. As vendas de carne bovina in natura para o exterior no mês passado contribuíram para a balança comercial com US$ 289 milhões, enquanto o acumulado do semestre ficou em US$ 1,36 bilhão. O diretor executivo da Abiec, Otávio Cançado, disse, por meio de nota, que o pior da crise já passou e que a oferta de créditos para exportação volta ao normal, assim como os mercados também estão se reaquecendo. [SAIBAMAIS]"Houve uma retração mundial na economia. Por isso, houve um reflexo no desempenho das exportações de carne brasileira. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e tem condições de se manter na liderança: basta a economia mundial voltar ao patamar em que estava antes de setembro de 2008", disse Cançado. A Abiec também ressaltou que, no auge da crise, o dólar chegou a R$ 2,50 e hoje se encontra cotado em R$1,99, além do preço médio da carne ter caído em torno de 14%. O maior comprador da carne bovina in natura brasileira continua sendo a Rússia, que adquiriu, de janeiro a junho, 237 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 410 milhões para o país. A cidade de Hong Kong, região administrativa especial da China, aparece em segundo lugar, seguida por Egito e Argélia. O mercado chileno é uma das esperanças para maior expansão das exportações no segundo semestre. Depois de embargar a carne brasileira em outubro de 2005, apenas em abril deste ano, alguns frigoríficos brasileiros foram reabilitados para vender àquele país. A Abiec, entretanto, considera que o comércio entre os dois países ainda está muito aquém do que era praticado antes do embargo. Para tentar agilizar a retomada dessas exportações, representantes da Abiec realizarão, a partir desta quarta-feira (8/7), reuniões em Santiago do Chile, com a participação de empresários, secretários de estado, proprietários de restaurantes, críticos gastronômicos e repórteres.

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