postado em 09/07/2009 19:04
O Índice Geral de Preços %u2013 Mercado (IGP-M) teve recuo de 0,23% na primeira leitura prévia de julho. A parcial não serve para reajustar contratos de aluguel, mas dá uma visão de como o índice se comporta ao longo do mês. A expectativa é que as próximas análises parciais continuem a registrar deflação e o IGP termine o mês com uma taxa próxima de zero ou menor que a de julho de 2008, quando estava em 1,76%. Se o resultado se confirmar, será a quinta queda consecutiva em 2009. Situação que não deve se repetir em agosto, quando a previsão da Fundação Getulio Vargas (FGV) é de que o índice volte a subir.
[SAIBAMAIS]A parcial foi divulgada nesta quinta-feira (9/7) e compreende o intervalo entre os dias 21 e 30 de junho. Outras duas prévias devem ser feitas para registrar o índice consolidado que poderá servir para reajustes de aluguéis. Dos três índices que compõe o IGP-M, dois registraram alta e um teve baixa.
O Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem impacto de 60% sobre o IGP, caiu 0,48% e deixou o acumulado do ano negativo em 3,60%. O recuo do IPA foi influênciado pelas quedas dos produtos agropecuários (-0,82%), industriais (-036%), matérias primas brutas (-0,35%) e bens intermediários (-1,25%). "A maior contribuição para esta desaceleração partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,15% para -5,98%", diz o relatório divulgado pela FGV.
Os Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,12% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) taxa de 0,49%. Mesmo com essas altas nos outros dois índices que formam o IGP-M, a previsão de que julho termine próximo de zero se mantém. "Dá para chegar no negativo. Os fatores que mais pesaram não vão se desfazer tão rápido assim", afrima o coordenador do índice, Salomão Quadros. "Essa prévia não é um fato isolado, ela parece anunciar uma tendência, só não sei quão negativo pode ser. Vai depender do curso dos acontecimentos", explica.
Para agosto, a taxa deve voltar para um tajetória de subida, ainda de acordo com o coordenador, os efeitos do recuo no preço do óleo diesel, do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para produção, não será mais sentido. O câmbio também não fará a taxa pender para baixo e o IGP-M vai voltar a registrar inflação. "Apesar da alta que pode haver em agosto, não quer dizer que vai haver uma pressão inflacionária", afirma Salomão Quadros.