postado em 10/07/2009 13:50
As Bolsas de Valores da Europa encerram a semana em queda, com a piora das perspectivas de que a economia global pode estar no começo de uma recuperação. Nos EUA, a confiança do consumidor americano recuou em julho ao ponto mais baixo desde março.
[SAIBAMAIS]O índice Footsie, da Bolsa de Londres, perdeu 0,76%, a 4.127,17 pontos. O Dax, de Frankfurt, também registrou perda, de 1,16%, a 4.576,31 pontos. O CAC 40, de Paris, perdeu 1,41% e terminou abaixo dos 3.000 pontos pela primeira vez desde o final de abril.
"Dados contraditórios hoje mostraram que os fundamentos da economia americana ainda não estão em recuperação, é preciso ficar alerta com a recuperação doméstica", disse Lee Giles, analistas senior na CMC Markets.
O déficit comercial dos EUA caiu 9,8% em maio na comparação com abril e atingiu a casa dos US$ 26 bilhões, o menor saldo negativo desde 1999. O governo americano também revisou o déficit de abril, ajustado para US$ 28,8 bilhões (em vez dos US$ 29,2 bilhões anunciados inicialmente). Economistas do setor financeiro estimavam que a balança comercial americana teria um déficit na casa dos US$ 30 bilhões em maio.
Por outro lado, a Universidade de Michigan divulgou que a confiança do consumidor americano recuou em julho ao ponto mais baixo desde março. O dado veio muito abaixo do esperado pelo mercado. A previsão média dos analistas do setor ouvidos pela Thomson Reuters apontavam para 70,5 pontos.
O índice de expectativas do consumidor recuou de 69,2 pontos para 60,9 pontos, enquanto o índice de situação atual caiu de 73,2 para 70,4 pontos. O mercado de energia também viu uma queda no preços do barril de petróleo, na maior retração semanal desde janeiro. Assim, as ações da BP, Royal Dutch Shell, BG Group, Tullow Oil and Cairn Energy caíram entre 0,8% e 1,5%.
O último relatório da AIE prevê que o consumo de petróleo vai crescer em 2010, mas deve se manter negativo em 2009.
A Chevron, por sua vez, alertou que os resultados do segundo trimestre devem vir mais fracos. Analistas destacam que os balanços das empresas americanas e europeias ditarão o humor do mercado nas próximas semanas.