Economia

Bovespa fecha em alta de 0,09%, aos 49.220 pontos

postado em 10/07/2009 17:42
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou a jornada de sexta-feira praticamente estável, em um dia morno de negócios, em que os investidores optaram por operar de forma defensiva. Após a "euforia" dos meses de abril e maio, o mercado enfrenta uma certa frustração com os números da economia americana e europeia, que não sinalizam uma retomada em ritmo bem mais lento do que o previsto por muitos. Nesse ambiente de maior aversão a risco, a taxa de câmbio doméstica atingiu R$ 2. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, registrou leve alta de 0,09% no fechamento, aos 49.220 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,57 bilhões, abaixo da média de R$ 4 bilhões dos últimos pregões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em queda de 0,45%. [SAIBAMAIS]"A tendência do mercado pelas próximas semanas é neutra. E o mercado somente vai sair dessa "neutralidade´ após a primeira quinzena de agosto. As grandes empresas divulgam seus balanços até mais ou menos o dia 15 de agosto, e até lá, o investidor vai ficar na defensiva, preferindo fazer operações de curto prazo: comprando em um dia para vender logo depois", avalia Waldney Trindade Nery, analista da corretora capixaba Uniletra. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,002, o que representa um acréscimo de 0,50% sobre a cotação passada. "Quando você tem um mercado de baixa liquidez, com pouquíssimas operações, qualquer valor já afeta a formação dos preços", lembra José Carlos Benites, gerente da corretora de câmbio Moeda. Para o profissional, boa parte da alta do dólar nos últimos dias pode ser explicado por alguma especulação com a moeda: os negócios estão relativamente parados e os bancos têm "guardado" moeda para repassar a preços mais interessantes ao BC, o comprador regular. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, a Universidade de Michigan divulgou que o nível de confiança do consumidor americano na economia de seu país recuou em julho ao ponto mais baixo desde março. O sentimento dos americanos foi abalado principalmente pelos temores sobre o setor financeiro e pelo aumento do desemprego. O governo americano comunicou que o déficit comercial do país caiu 9,8% em maio na comparação com abril e atingiu a casa dos US$ 26 bilhões, o menor saldo negativo desde 1999. Na reunião do G8, o presidente dos EUA, Barack Obama, admitiu hoje que a recuperação total da economia mundial ainda está "longe". "Nossos mercados melhoram, parece que conseguimos evitar o colapso mundial, mas reconhecemos que ainda muita gente se debatendo (contra os efeitos da crise)", afirmou o mandatário americano, na cidade italiana de Áquila. A General Motors anunciou que está de saída da proteção judicial oferecida pelo capítulo 11 da Lei de Falências americana - o equivalente à concordata, ou à recuperação judicial no Brasil. O executivo-chefe Fritz Henderson disse que a empresa pagará os cerca de US$ 50 bilhões que pegou emprestado do governo americano antes de 2015 (data limite para quitação). No Oriente, o Banco do Japão (o banco central japonês) informou que os preços ao produtor caíram 6,6% em junho, na comparação com o mesmo período de 2008. É a pior queda desde 1960, início da série histórica. Front doméstico No front doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o nível de emprego na indústria caiu 0,5% em maio, na comparação com abril. Trata-se do oitavo recuo consecutivo, na comparação com o mês imediatamente anterior. Em relação a igual período do ano passado, a queda foi ainda pior. A retração chegou a 6%.

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