Economia

Bolsas asiáticas caem com espera por lucros de empresas e crise política no Japão

postado em 13/07/2009 08:41
As Bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira (13/07), com a preocupação dos investidores sobre a incerteza na política do Japão e as fracas expectativas sobre os resultados das empresas dos Estados Unidos. [SAIBAMAIS]A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 2,55%, com 9.050,33 pontos no índice Nikkei 225; a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,07%, com 3.080,56 pontos no índice Shanghai Composite; a Bolsa de Hong Kong teve queda de 2,56% no índice Hang Seng, que ficou com 17.254,63 pontos; e a Bolsa de Seul caiu 3,53%, para 1.378,12 pontos no índice Seoul Composite. A agência de notícias Kyodo informou que o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, anunciou que vai dissolver o Parlamento no dia 21 de julho para convocar novas eleições gerais para 30 de agosto - dois meses antes da data oficial das eleições gerais. As eleições locais, vistas como um termômetro da popularidade do governo antes das eleições gerais, deve acelerar a saída do impopular primeiro-ministro. O partido governista já enfrentou vários revezes nos últimos meses, ao mesmo tempo em que a economia japonesa enfrenta uma de suas piores crises desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). "Apesar da economia já ter tocado o fundo, continua sendo frágil e os níveis são menores que os de antes da crise financeira", declarou o novo ministro de Política Econômica e Fiscal, Yoshimasa Hayashi, no início deste mês. Os investidores também aguardam a divulgação dos resultados trimestrais e das previsões de ganhos para este ano por parte das empresas nas próximas semanas, em particular as dos EUA. Nesta semana devem ser anunciados os resultados do Citigroup, da Intel e da General Electric. As expectativas são de que a crise nos EUA possa ter exercido um efeito maior que o esperado sobre os lucros das empresas e o resultados sejam fracos - o que seria recebido como sinal de que a economia global ainda levará tempo para se recuperar. "A maioria das pessoas está bastante cautelosa (...) Se os dados econômicos não melhorarem, vamos continuar a ver quedas", disse à agência de notícias AP (Associated Press) o estrategista Daniel McCormack, da Macquarie Securities em Hong Kong.

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