postado em 13/07/2009 20:05
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira (13/7) que, de acordo com orientação do presidente Lula, o reajuste do programa Bolsa Família ainda neste ano será discutido pelo governo nas próximas duas semanas. Bernardo disse, ainda, que o presidente está otimista com relação à economia brasileira. ;Ele até brincou e disse que está mais otimista do que a equipe econômica. Ele acha que nós vamos ter um crescimento maior até do que o tem sido projetado pela equipe;, disse. Por outro lado, Bernardo ressaltou o pedido do presidente para que os ministros respeitem os limites orçamentários estabelecidos para este ano e o ano seguinte. Após reunião ministerial, ele afirmou que o governo já encaminhou para cada ministério a previsão do limite de gastos para 2010 e ressaltou que os limites para os gastos deste ano já foram distribuídos para todas as pastas.
Bernardo afirmou que tais limites respeitaram a manutenção dos recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coordenado pela ministra chefe da casa civil Dilma Rousseff. O orçamento de programas sociais e de programas prioritários para o governo, como o ;Minha casa, minha vida;, também serão mantidos. ;Nós lembramos aos ministros que nós temos uma margem mínima de ajustes que podem ser feitos ainda neste ano. As demandas que nós temos no ministério dificilmente serão atendidas;, ressaltou Bernardo.
O mesmo panorama foi desenhado em relação ao orçamento de 2010. Bernardo disse que os ministros devem trabalhar com o limite de gastos apresentado pelo governo. ;Normalmente, em anos anteriores, nos mandávamos o limite, depois tinha uma rodada de choro, de reclamações, e a gente às vezes conseguia fazer ajustes e melhorar, entre aspas, a situação orçamentária da proposta. Nós alertamos que esse vai ser o limite que nós vamos trabalhar para mandar a proposta para o congresso;, explicou o ministro.
Com relação ao programa de aceleração do crescimento, o limite de investimentos previstos para o próximo ano é de R$22 bilhões. Bernardo ressaltou, no entanto, que trabalhar com esse valor, antes de a proposta ser aprovada no congresso é ;muito volátil;, devido aos cortes e emendas que podem ser inseridos.