Economia

Custos maiores e câmbio derrubam exportações de frango no semestre

postado em 14/07/2009 17:01
Os custos mais elevados e a trajetória de valorização do real frente ao dólar pesaram nos resultados dos exportadores de frango no primeiro semestre deste ano, segundo divulgou a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef) nesta terça-feira (14/7) Os embarques totalizaram 1,8 milhão de toneladas entre janeiro e junho, redução de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2008. A receita cambial, por sua vez, caiu 20% em igual comparação, para US$ 2,7 bilhões. [SAIBAMAIS]"Apesar da relativa estabilidade nos volumes embarcados, em que pese a conjuntura de crise financeira internacional, atualmente outros fatores passaram a impactar negativamente a rentabilidade do setor, como a alta de custos do farelo de soja e mão de obra (por conta de dissídios trabalhistas) e a instabilidade cambial, com uma progressiva valorização do real frente ao dólar", informou a entidade. No mês de junho, as exportações de carne de frango totalizaram 329 mil toneladas (queda de 0,34% em relação ao mesmo período de 2008) e a receita somou US$ 529 milhões, retração de 18,8%. Os países do Oriente Médio responderam pelo maior volume embarcado entre janeiro e junho, com 654 mil toneladas (alta de 17% ante igual período no ano passado), que somaram US$ 854 milhões (retração de 12%). Os volumes exportados também subiram para a África (28% mais, com 162 mil toneladas), com queda de 25% na receita. Para a Ásia, as exportações foram de 435 mil toneladas no semestre (redução de 4%) e a receita cambial totalizou US$ 696 milhões (18% menor ante o primeiro semestre de 2008). A União Europeia também reduziu o volume importado (para 255 mil toneladas, 10% menos) e a receita cambial caiu 26%, aos US$ 564 milhões, assim como a América do Sul, com queda de 35% no volume (97,8 mil toneladas) e de 29% na receita (US$ 173 milhões). Os embarques para a Rússia tiveram a maior redução em volume, de 60%, com 35 mil toneladas. A receita cambial foi de US$ 44 milhões, um declínio de 73,8% em relação ao primeiro semestre de 2008. Para reverter a situação, a Abef informou estar ampliando "os esforços pela abertura de novos mercados", com a participação em novas missões comerciais e o estreitamento dos contatos com representantes de representações diplomáticas brasileiras no exterior.

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