postado em 16/07/2009 15:15
O mercado de combustíveis no país começa a se recuperar do baque dos primeiros efeitos da crise, segundo avaliação da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Dados preliminares apontam que a redução nas vendas, no primeiro semestre, ficaram abaixo do esperado, de acordo com o superintendente de abastecimento da agência, Edson Silva. Os números definitivos do semestre só serão fechados no mês que vem.
Para ele, a tendência é que o mercado continue evoluindo na segunda metade deste ano, sem que recupere, ainda, os níveis recordes observados antes do agravamento da crise, em outubro de 2008. Silva explicou que o mercado vem acelerando desde fevereiro, embora continue abaixo do nível de 2008.
[SAIBAMAIS]"A avaliação preliminar em relação a 2008, acho que houve um bom comportamento do mercado de combustíveis, ou seja, ele não desacelerou tanto como se supunha que iria acontecer com a queda da economia. E a expectativa é que haverá uma recuperação no segundo semestre, mas sem retornar ao padrão de 2008", afirmou.
O desempenho acima da expectativa, segundo Silva, ocorreu em função de preços mais baixos praticados nos postos, principalmente em relação ao álcool, único combustível que teve o consumo ampliado na primeira metade deste ano. Também contribuíram para os números do semestre as vendas em alta de automóveis, impulsionadas por incentivos fiscais. A maior parte dos novos veículos, conforme Silva, é flex fuel, e portanto, abre mais espaço para o álcool.
"Até maio, havia uma queda, com exceção do álcool, que cresceu. Os decréscimos se comparam sempre com períodos de auge da economia, que foi o do primeiro semestre do ano passado", observou Silva.
Diesel
O consumo de diesel, combustível que reflete de forma mais direta o desempenho da economia, também caiu menos do que o esperado, de acordo com o superintendente. De janeiro a maio, o consumo de diesel havia caído 9%, na comparação com igual período em 2008.
Edson Silva participou nesta quinta-feira , do lançamento da campanha Revenda Legal, que visa o combate ao revendedores clandestinos de Gás LP (gás de cozinha). Segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás LP), metade dos 4 milhões de botijões de gás consumidos mensalmente no Rio sejam obtidos em pontos ilegais.
"Com essa iniciativa, esperamos reduzir em 79% a clandestinidade e incentivar a população a denunciar os estabelecimentos ilegais. Em geral, o consumidor não diferencia a revenda legal da clandestina", afirmou o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello.