Economia

Lucro do Bank of America no segundo trimestre cai 5,5% com encargos

postado em 17/07/2009 13:11
O lucro líquido do Bank of America no segundo trimestre caiu 5,5% devido a maiores encargos de fusão e contínuos problemas com crédito, mas o resultado superou as expectativas dos analistas. O banco teve lucro de US$ 3,22 bilhões, ou US$ 0,33 por ação, abaixo do lucro de US$ 3,41 bilhões, ou US$ 0,72 por ação, um ano antes. O BofA tinha 64% a mais de ações em circulação no trimestre mais recente, por conta dos esforços para levantar capital. Os dois períodos incluem US$ 829 milhões e US$ 212 milhões, respectivamente, de encargos com fusão e reestruturação. O gigante bancário é considerado particularmente vulnerável à situação no mercado de trabalho e a condição de seu enorme portfólio de empréstimos via cartão de crédito pode ser uma referência para o restante da indústria. As provisões para perdas com crédito ficaram estáveis durante o segundo trimestre em relação ao primeiro e mais que duplicaram frente a igual período do ano passado, em US$ 13,38 bilhões. O Bank of America, assim como outros bancos, ganhou impulso no financiamento hipotecário. A instituição disse que os resultados também foram ajudados pela forte receita nos negócios de mercado de capitais no atacado e em empréstimos para imóveis. A receita do BofA saltou 61%, para US$ 32,77 bilhões, parcialmente devido a aquisições, como a do Merrill Lynch. O banco não divulgou números específicos sobre o Merrill Lynch, mas disse que certamente atingirá cerca de 40% da meta de US$ 7 bilhões em economia de custos com a fusão este ano, ante objetivo original de 25%. As provisões para perdas com crédito mais que duplicaram frente ao ano anterior e a relação entre os empréstimos que o banco considera que não vai mais receber sobre o volume total de empréstimos em circulação subiu para 3,64%, de 1,67% um ano antes e 2,85% no primeiro trimestre. As perdas gerenciadas com cartão de crédito aumentaram para 11,7%, de 5,96% um ano antes, e o total de ativos inadimplentes subiu para 3,31%, de 1,13% no ano anterior. O banco informou ter concedido mais de US$ 211 bilhões em crédito novo durante o segundo trimestre, com US$ 78 bilhões para empréstimos comerciais não relacionados a imóveis e outros US$ 111 bilhões para hipotecas. O coeficiente de capital ordinário tangível, que mede quanto dos ativos tangíveis de um banco os acionistas ordinários realmente possuem, subiu para 4,7%, de 3,2%. O nível de capital Tier 1, importante medida de solidez financeira, saltou para 12%, de 8,3%.

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