Economia

FGV prevê fim de período de deflação; tarifas devem pressionar

postado em 17/07/2009 16:00
O movimento de preços medido pelo IGP-10 deverá se inverter nos próximos meses. A tendência é que as seguidas taxas de deflação ao longo deste ano não continuem ocorrendo, e os índices deverão ser positivos daqui para frente, segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Nos sete primeiros meses de 2009, o IGP-10 acumulou deflação de 1,54%, menor índice para o período de toda a série histórica, iniciada em 1993. [SAIBAMAIS]Quadros explicou que a deflação de 0,35% observada em julho foi influenciada pela redução dos preços do óleo diesel, do minério de ferro e da soja, além de certo efeito da valorização cambial. No atacado, o óleo diesel teve deflação de 7,02% em julho, ante - 0,08% em junho, resultado direto da redução autorizada pela Petrobras. Para o consumidor, a queda no preço do diesel chegou a 3,13% em julho. Já o preço do minério de ferro teve retração de 7,03% em julho, depois de cair 14,34% em junho. A soja recuou 1,21% em julho, depois de registrar alta de 3,02% no mês anterior. "A queda nos preços de alguns produtos como o diesel e o minério de ferro revela ainda um efeito defasado da crise. Mas daqui para frente, não são esperadas reduções significativas. As pendências de queda por causa da crise acabaram", afirmou. Quem deverá dar o tom nas taxas dos IGPs nos próximos meses são os itens administrados. São esperados ajustes que terão influência significativa sobre a inflação, como o aumento da tarifa de energia elétrica em São Paulo e nas taxas de telefonia. "Nos últimos meses, houve uma certa trégua nos preços dos administrados. Mas daqui para frente, terão um impacto maior, eles serão a bola da vez", observou Quadros

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