postado em 17/07/2009 17:05
A taxa de câmbio brasileiro completou uma semana de quedas consecutivas nesta sexta-feira. Nesta sexta-feira (17/7), a moeda americana foi negociada por R$ 1,928, o que representa uma desvalorização de 0,15% no dia e de 3,7% na semana. Hoje, os preços oscilaram entre R$ 1,937 e R$ 1,921. Na praça paulista, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,050, estável sobre a cotação de ontem.
"A semana foi muito fraca, mas com uma entrada um pouco alta de dólares. A maior parte do capital que entrou veio para participar de fusões, de compra de empresas, de Ipos [oferta de ações]. E é possível que nos últimos dois ou três dias os exportadores, vendo os preços caindo, tenham fechado algumas operações", avalia Paulo Prestes, da mesa de operações da corretora Exim.
[SAIBAMAIS]O humor do mercado melhorou um pouco nesta semana à medida em que os primeiros balanços de grandes empresas começaram a sair. Goldman Sachs, JP Morgan Chase, Citigroup, IBM, Google, entre outras, entregaram números que agradaram e até surprenderam analistas do setor financeiro e deram impulso para as Bolsas de Valores. Em um cenário de menor nervosismo, os preços da moeda americana cederam ao longo de toda a semana.
Entre profissionais das mesas de operações, no entanto, há um relativo ceticismo sobre a continuidade dessa tendência. Há mais balanços importantes previstos para os próximos dias, o que analistas veem como uma garantia de turbulência.
Juros futuros
As taxas de juros projetadas no mercado futuro da BM voltaram a ceder nos contratos de longo prazo. Entre as principais notícias do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) revelou que o IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) apontou deflação de 0,35% em julho, após recuo de 0,03% em junho. Já a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou inflação de 0,23% na segunda quadrissemana de julho - 30 dias até 15/07--, acima do 0,17% verificado na abertura deste mês. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir a nova taxa básica de juros do país, hoje em 9,25% ao ano. Economistas apostam em um novo corte, de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista caiu de 8,68% ao ano para 8,64%; para janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 9,76% para 9,67%.