postado em 20/07/2009 08:52
O Banco Central deve cortar a taxa básica de juros dos atuais 9,25% ao ano para 8,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) da próxima quarta-feira (22/07). Essa é a previsão dos economistas consultados pelo próprio BC na pesquisa semanal Focus.
[SAIBAMAIS]De acordo com a consulta, esse será o último corte de juros neste ano. No começo de 2009, os juros estavam em 13,75% ao ano. Mas o agravamento da crise econômica levou o BC a realizar uma sequência de reduções na taxa Selic.
Os economistas consultados também esperam que a taxa básica volte a subir no próximo ano, devido à recuperação da economia. A média das previsões é de uma taxa de 9,38% a.a. no final de 2010.
PIB
Na pesquisa dessa semana, os analistas financeiros mantiveram a previsão de queda do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) de 0,34% para este ano. Para 2010, é esperado um crescimento de 3,60%.
Houve piora, no entanto, na expectativa em relação à produção industrial, de uma retração de 6% para um resultado negativo de 6,09% neste ano.
Inflação
Houve um pequeno aumento na expectativa de inflação para 2009, segundo a pesquisa. A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, passou de 4,50% para 4,53%. A meta de inflação é de 4,50%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) caiu de 0,95% para 0,90%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), recuou de 0,50% para 0,44%. Os dois indicadores servem de referência para o reajuste de contratos e preços administrados, entre eles, tarifas e aluguéis.
Para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), a previsão passou de 4,10% para 4,11%.
Outros indicadores
A estimativa para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 2,00 para R$ 1,95. A pesquisa mostra uma melhora em relação a outros dois indicadores: o superávit da balança comercial (de US$ 22 bilhões para US$ 22,9 bilhões) e o déficit nas transações correntes (de US$ 16 bilhões para US$ 15,1 bilhões).
Para a relação dívida/PIB, o resultado piorou de 40,5% para 41%. A previsão para os investimentos estrangeiros diretos ficou estável (US$ 25 bilhões).