Economia

Apesar de confiantes, empresários não têm plano de investimentos

postado em 20/07/2009 18:42
Os empresários apresentaram o melhor índice de confiança do ano, 9,82 (em uma escala que vai de 100 a menos 100). O dado é parte do Sensor Econômico, pesquisa mensal divulgada pelo Instituto de Pesquisa Economia Aplicada (Ipea). Apesar do número positivo, a avaliação mostra que o setor produtivo ainda está apreensivo, mas com perspectivas de resultados cada vez melhores até o fim do ano. De acordo com o coordenador do levantamento, Ricardo Amorim, o empresariado sabe que o consumo não vai cair até dezembro. [SAIBAMAIS]"Se não caiu no pior momento da crise, no começo do ano, não vai ser agora que vai haver uma catástrofe. O segundo semestre é sempre melhor que o primeiro", disse. O único item da pesquisa que apresentou variação negativa foram os aspectos sociais, que estão ligados aos investimentos. Sem aplicação de recursos em novas fábricas ou ampliação de empresas, por exemplo, o emprego não cresce e a massa salarial permanece estável, fatores que tem impacto direto na sociedade. As expectatvas também estão melhores para o Produto Interno Bruto Industrial, passou de -6,67 pontos em maio para -0,74 ponto em junho. O desempenho das empresas também registrou melhora, a quarta consecutiva (março ficou em -15,38; abril em -12,32; maio em -7,81; e junho em -5,49). Para o coordenador da pesquisa, os resultados mostram que agora há uma real dimensão da crise financeira mundial e que apesar de ter afetado o Brasil, veio de forma menos drástica que no restante do mundo. Essa nova percepção seria a principal influência na confiança do setor produtivo. "Duas coisas ocorreram paralelas. Uma é a compreensão real da crise. Embora tenha sido grave, afetou mais os países mais ricos. Os mais pobres não se envolveram tanto na bagunça que eles fizeram", explica Ricardo Amorim. "A outra coisa é que o Brasil teve um crescimento muito vigoroso em 2008 e realizou muitas políticas que ajudaram nesse momento, como os aumentos do salário mínimo e a expansão da previdencia social", afirma.

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