Economia

Fundo garantidor para pequena e média empresa ajudará a reduzir juros, diz Bendine

postado em 20/07/2009 21:00
O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, disse nesta segunda-feira (20/7) que o lançamento do fundo garantidor para pequenas e médias empresas vai permitir uma redução significativa da taxa de juros. Segundo ele, a diminuição poderá ocorrer pelo fato de o fundo reduzir o risco de inadimplência. O fundo deve sair em agosto. Bendine informou que o fundo pode chegar a R$ 2,5 bilhões. O governo já fez um aporte de cerca de R$ 500 milhões, e o Banco do Brasil entrou com mais R$ 150 milhões. Os bancos interessados em ingressar no fundo irão fazer o aporte conforme o interesse. [SAIBAMAIS]De acordo com Bendine, não se trata de operações a fundo perdido. "O cliente paga uma taxa de acesso e existe toda uma regra para poder acessar esse fundo. Não é a fundo perdido", explicou. Bendine participou hoje do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com mais de 300 superintendentes estaduais e regionais do banco, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O presidente do BB disse que o presidente Lula está satisfeito com os movimentos adotados pela instituição para diminuir os juros. "O banco está buscando isso constantemente. Nossas taxas estão extremamente atrativas, e ele [Lula] está satisfeito com esse movimento. Vamos buscar, dentro da boa técnica, dentro das oportunidades que aparecerem para o banco, oferecer sempre taxas mais competitivas para que possamos crescer e ganhar mais mercado". Indagado sobre quanto o banco poderia reduzir nos juros, Bendine afirmou que existe margem, mas não falou em percentuais. Ele assumiu a presidência do BB no lugar de Antônio Francisco Lima Neto, depois de o governo cobrar a redução do spread (diferença entre os juros que o banco paga aos investidores e os que cobra nos empréstimos) adotado pela instituição. Conforme relato de Bendine, no encontro com os superintendentes do BB, Lula,destacou o papel dos bancos públicos no enfrentamento da crise financeira mundial, como na liberação de crédito. Lula recebeu ainda um crachá de funcionário honorário do banco, com foto dele e nome. Antes de se encontrar com os funcionários do banco, Lula foi abordado por servidores concursados temporários dos ministérios da Cultura, Meio Ambiente e Relações Exteriores, que pediam para ser efetivados nos cargos. Lula respondeu que vai analisar o pedido.

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