postado em 22/07/2009 10:37
O conglomerado industrial sul-coreano LG Electronics divulgou um lucro trimestral recorde, puxado por vendas expressivas de celulares e televisores, o que a ajudou a ganhar participação de mercado das concorrentes Nokia e Motorola. Contudo, preocupações sobre margens de lucro mais fracas podem impedir um rali das ações da companhia.
O lucro trimestral líquido saltou 62% frente ao ano anterior, para 1,15 trilhão de wons (US$ 921 milhões), registrando uma forte recuperação em relação ao prejuízo líquido de 198 bilhões de wons de janeiro a março.
As vendas globais da companhia alcançaram 14,5 trilhões de wons (US$ 11,62 bilhões), alinhadas às expectativas.
A LG Electronics está se beneficiando da fraqueza da moeda local e de uma forte linha de televisores de tela plana, celulares e outros produtos, incluindo o aparelho multimídia sensível a toque ARENA.
A companhia, que concorre com a Samsung Electronics e a Sony no mercado de televisores com display de cristal líquido (LCD), também está desfrutando de vendas robustas e da melhora das margens de lucro de televisores de tela plana.
Mas há dúvidas sobre se a LG pode manter um crescimento tão forte, após a companhia ter dito que as margens de lucro dos celulares no terceiro trimestre podem cair levemente. "O segundo trimestre normalmente é a melhor temporada para a LG", disse Choi Hyun-jae, analista da Tong Yang Securities.
A unidade que fabrica ar condicionado da LG, a maior do mundo, geralmente registra as margens e vendas mais altas no segundo trimestre.
"Os riscos econômicos globais continuam e a feroz competitividade entre novos produtos também pode resultar em reduções de preço", explicou Choi.
O cenário global está melhorando, mas isso não se traduz em melhor demanda, disseram executivos da companhia.
A LG, que fica atrás da Nokia e da Samsung no segmento de celulares, vendeu um recorde de 29,8 milhões de aparelhos no segundo trimestre, ante 22,6 milhões de unidades comercializadas de janeiro a março.
A companhia divulgou margem de lucro operacional de 11% no segmento de celulares, contra 6,7% no primeiro trimestre, número que Choi afirma ser "bem extraordinário".