Economia

Dólar fecha dia cotado a R$ 1,90; Bovespa segue EUA e recua 0,35%

postado em 22/07/2009 16:47
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em terreno negativo na última hora do pregão desta quarta-feira (22/7), após passar boa parte do dia próximo à estabilidade. O mercado local segue o desempenho das Bolsas nos Estados Unidos, onde os investidores estão divididos entre os bons e os maus resultados corporativos divulgados hoje. Esperando pela definição da nova taxa básica de juros pelo Banco Central após o fechamento dos negócios, o mercado aproveitou as primeiras horas de negociação para realizar lucros após ter subido mais de 5% no acumulado dos últimos cinco pregões --onde quatro subiram e um ficou praticamente estável. Depois, prevaleveu o tom moderado visto em Wall Street, para na última hora voltar a ficar no vermelho. [SAIBAMAIS]Às 16h37 (em Brasília), o Índice Bovespa (Ibovespa), o principal da Bolsa paulista) perdia 0,35%, para 53.047 pontos, com giro financeiro de R$ 4,565 bilhões. Já o dólar comercial fechou hoje com recuo de 0,20%, vendido a R$ 1,904. Nem mesmo o leilão de compra da moeda americana feita pelo BC no meio da tarde mudou o rumo da cotação. A autoridade monetária comprou os dólares com taxa de corte de R$ 1,9014. O mercado está "morno", à espera da definição da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que sai após o fechamento dos negócios. Quase a totalidade dos analistas de mercado apostam que a Selic vai cair 0,5 ponto percentual nesta reunião, para 8,75% ao ano, e depois se manterá inalterada nas outras três reuniões que ocorrerão neste ano. Porém, não é descartada a possibilidade de um corte menor, de 0,25 ponto. Sem o direcionamento de dados macroeconômicos, o destaque fica para os resultados corporativos. A maioria veio com boas notícias, entre eles os da Apple e da Starbucks. Por outro lado, os dos bancos americanos foram levemente decepcionantes. Os resultados trimestrais mais importantes divulgados hoje são os do Morgan Stanley e do Wells Fargo, dois dos maiores bancos dos EUA. O primeiro apresentou seu terceiro prejuízo trimestral consecutivo ao perder US$ 1,26 bilhão, com o resultado sobrecarregado por despesas relacionadas ao pagamento do resgate que o banco recebeu do governo dos Estados Unidos. Já o Wells Fargo lucrou US$ 2,58 bilhões, 47% a mais do que no mesmo período do ano passado. Devido à falta de um rumo a ser apontado pelos resultados, as Bolsas americanas operaram "de lado" durante quase todo o dia, e só agora sinaliza uma queda mais firme. O índice Dow Jones recua 0,47%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,31% e o ampliado S 500 perde 0,13%.

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