postado em 23/07/2009 11:46
O lucro da New York Times Company, que edita o diário "The New York Times", registrou um crescimento de 84% em seu lucro referente ao segundo trimestre, que ficou em US$ 39,1 milhões (US$ 0,27 por ação), na comparação com o resultado no mesmo trimestre de 2008. O resultado surpreendeu os analistas, que previam um prejuízo de US$ 0,04 por ação.A receita da empresa, no entanto, caiu 21%, para US$ 584,5 milhões. A expectativa dos analistas era de uma receita de US$ 603 milhões. Os resultados do trimestre passado foram favorecidos por benefícios fiscais e custos operacionais menores.
As receitas com publicidade caíram 30% no período. A executiva-chefe da empresa, Janet Robinson, no entanto, destacou que a taxa de declínio com a publicidade diminuiu no trimestre passado e que a expectativa é de mais redução no ritmo da queda para este trimestre.
As receitas com publicidade na internet caíram 16%, mas responderam por 21% do resultado, acima dos 18% a que correspondiam no segundo trimestre de 2008. Para este ano, a empresa reduziu sua previsão de gastos de capital para US$ 70 milhões - US$ 10 milhões a menos em relação à previsão anterior.
Em meio a uma de suas piores crises, os jornais americanos sofrem com a recessão, as perdas maciças de postos de trabalho, a eliminação de seções, o cancelamento de assinaturas e um êxodo de leitores e anunciantes para a internet.
Alguns deixaram de circular, cortaram salários ou pediram falência nos ultimes meses. O próprio "New York Times" vem multiplicando seus esforços de recuperação em meio à crise. A empresa que controla o jornal estuda a venda de sua sede de Nova York e a obtenção de um empréstimo de US$ 250 milhões junto ao milionário mexicano Carlos Slim, que já é sócio minoritário da empresa.