postado em 23/07/2009 13:11
O Mercosul, apesar dos efeitos da crise global, terminará o ano com taxas de crescimento positivas na economia, mas alguns membros do maior bloco sul-americano, como o Paraguai, não resistirão às dificuldades econômicas e fecharão 2009 em recessão.
A conclusão é dos ministros da área econômica e dos presidentes dos bancos centrais do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com a Venezuela em processo de adesão), que se reuniram nesta quinta-feira (23/07), em Assunção - capital do Paraguai -, antes do encontro dos chanceleres do bloco.
"Os níveis de crescimento que prevemos são mais promissores que as projeções de alguns organismos multilaterais", disse o ministro da Fazenda paraguaio, Dionisio Borda.
Segundo ele, todos os membros plenos e associados do Mercosul esperam terminar o ano com a economia em expansão, com exceção do Chile, que deve registrar uma retração de 1%, e do Paraguai, cujo PIB deve encolher entre 3% e 4%.
As projeções do bloco indicam ainda que o país que mais deve crescer em 2009 é a Bolívia (4%).
"Em nossa análise, vemos elementos comuns entre nossos países, como a manutenção de uma política macroeconômica, monetária e fiscal expansiva", cujo objetivo "é minimizar os efeitos da crise global", declarou o ministro paraguaio.
Apesar de ter citado as previsões de crescimento de Chile, Paraguai e Bolívia para 2009, Borba não fez comentários sobre as economias de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela.
No entanto, destacou que todas as nações do bloco já veem sinais de recuperação na economia e esperam crescer em 2010.
O encontro desta quinta-feira também serviu para a apresentação do primeiro boletim de indicadores macroeconômicos do Mercosul. Além de conter dados da Venezuela e dos países fundadores do bloco, o documento inclui estatísticas de Bolívia e Chile, nações associadas ao Mercosul.