Economia

Após quinta alta, consumidor tem otimismo contido, segundo a FGV

postado em 23/07/2009 15:48
O consumidor brasileiro começou a entrar na chamada "zona de otimismo", ainda que contido, de acordo com dados da Sondagem do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira (23/7) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao atingir 111,4 pontos em julho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) consolidou-se acima da média histórica de 107 pontos. Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Aloisio Campelo, o melhor ambiente econômico, com inflação controlada e recuperação do mercado de trabalho, vem fazendo com que a visão do consumidor sobre a economia se torne mais positiva. Ele acrescentou que a indicação é que esta percepção vai melhorar ainda mais daqui para frente. [SAIBAMAIS]"O consumidor está entrando numa zona de confiança, em um otimismo ainda contido. Mas ainda afastado do nível mais alto, observado entre o final de 2007 e meados de 2008", afirmou. Foi a quinta alta consecutiva do ICC, que cresceu 2,8% em julho, totalizando 111,4 pontos, patamar semelhante ao que era verificado em setembro de 2008 (111,7 pontos). Na passagem de maio para junho, o ICC havia aumentado 5,1%, mas Campelo minimizou a menor variação registrada em julho. "O importante é que a confiança está se estabelecendo em um nível maior, chegando a um patamar mais alto", observou. Desde fevereiro, quando a confiança do consumidor registrou o menor nível da série histórica iniciada em 2005 (95,3 pontos), o índice cresceu 16,9%. De setembro a fevereiro, a confiança do consumidor teve retração de 14,7%. Pela primeira vez desde setembro do ano passado, o ICC teve alta na comparação com igual período no ano anterior. Em julho, cresceu 6,4% sobre mês correspondente em 2008. O mesmo foi verificado com o ISA (Índice da Situação Atual), que subiu 6,9% em relação a julho do ano passado. Já o IE (Índice de Expectativas) de julho superou em 6,1% o dado verificado em igual período em 2008, segunda alta consecutiva nesta comparação. Esses dois índices compõem o ICC. Compras, emprego e futuro A expectativa do consumidor totalizou 111,8 pontos, maior nível desde maio de 2008, quando havia chegado a 112,7 pontos. A melhor avaliação em relação ao futuro pode ser exemplificada pela maior perspectiva de compra de bens duráveis. Em julho, 15,6% dos entrevistados responderam ter mais intenção em comprar estes produtos. Em fevereiro, apenas 7,6% manifestaram tal desejo. Aumentou ainda a perspectiva em relação ao emprego, tanto no momento quanto nos próximos seis meses. Em relação à situação atual, 73% disseram que está mais difícil conseguir trabalho, ante 74,8% que tinham a mesma percepção em junho. Quanto ao futuro, 23,2% consideram que será mais complicado arrumar emprego nos próximos seis meses; em junho, 25,2% faziam a mesma avaliação.

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