Economia

Queda da Selic não acompanhou custo da dívida pública

postado em 23/07/2009 16:15
Apesar de a taxa básica de juros (Selic) ter acumulado um período de baixas que durou sete meses, saltando de 13,75% em dezembro de 2008 para 8,75% na última quarta-feira, a remuneração paga aos investidores do Tesouro Nacional na dívida pública não acompanhou essa queda. Em junho, o custo médio da dívida (relação que mede os rendimentos pagos pelos papéis do governo) ficou em 14,07%, uma diferença de 5,32 pontos percentuais ante o atual patamar da Selic, que deveria ser o parâmetro de remuneração da dívida pública. [SAIBAMAIS]O coordenador de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, explicou que, apesar dessa diferença, o custo da dívida ainda não é alto, tendo em vista as taxas de juros cobradas no mercado brasileiro. "A dívida tende a acompanhar a taxa de juros da economia, que geralmente é parelha à remuneração da dívida. Por isso não posso dizer que o custo é alto", disse. Em junho, a dívida pública federal foi de R$ 1,434 trilhão, o que representou crescimento nominal (sem acréscimo de juros e da inflação) de 3,33% ante maio, com R$ 1.388 trilhão. Interna e externa Somente na dívida pública interna, o estoque foi acrescido de 3,74%, passando de R$ 1,276 trilhão em maio para R$ 1,321 trilhão em junho. Esse montante foi agravado pela emissão líquida (letras do Tesouro) de R$ 35,05 bilhões e a apropriação positiva de juros no valor de R$ 11,52 bilhões. A dívida pública externa diminuiu em junho em relação a maio 1,17%. No sexto mês do ano, a dívida externa brasileira chegou a R$ 112,73 bilhões (US$ 57,76 bilhões). Em nota, a Secretaria do Tesouro Nacional explicou que essa redução só foi possivel pela valorização da moeda nacional frente às demais moedas que compõem a dívida pública federal externa e do resgate líquido (papéis resgatados) ocorrido no período.

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