Economia

Dólar fecha dia a R$ 1,89, a menor cotação desde setembro

postado em 23/07/2009 16:48
Em um dia dominado pelo otimismo nos mercados tanto no exterior como aqui, o dólar comercial fechou o dia com a sua menor cotação ante o real desde setembro do ano passado, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobe mais de 2%. A moeda americana apresentou hoje recuo de 0,73%, vendida a R$ 1,89. A cotação - que havia disparado no final do ano passado devido à uma falta de liquidez da moeda causada pela crise financeira - é a menor desde 26 de setembro do ano passado, quando fechou a R$ 1,851. [SAIBAMAIS]O dólar chegou a recuar até R$ 1,886, mas recuperou parte do preço após o leilão de compra da moeda promovido pelo Banco Central já na hora final de negócios. A autoridade monetária comprou dólares com taxa de corte de R$ 1,8915. A queda do dólar - que já está 3,77% menor do que no final de junho - foi influenciada principalmente pela entrada de investidores estrangeiros no mercado local, que também tem hoje um dia positivo. Um sinal de que o mercado brasileiro está em alta hoje é o risco Brasil, que despenca 7,83%, para 247 pontos. O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa paulista) avança 2,4%, para 54.347 pontos, com giro financeiro de R$ 5,109 bilhões. O bom humor é causado principalmente pelas altas nas Bolsas americanas e nos preços das commodities. Em Wall Street, o índice Dow Jones avança 2,29%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite sobe 2,53%. Os investidores nos EUA foram às compras após a divulgação das vendas de casas usadas, que cresceu 3,6% em junho na comparação com maio, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês). Segundo analistas, é mais um sinal de recuperação da economia, a despeito do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, ter dito nesta semana que a recuperação da economia americana será mais lenta do que a esperada pelo mercado. Outro dado macroeconômico divulgado hoje nos EUA é o de pedidos semanais de seguro-desemprego. O número de novos inscritos aumentou em 30 mil, para 554 mil, na semana encerrada em 18 de julho, segundo dados publicados pelo Departamento de Trabalho. Apesar da alta, o dado veio melhor que o esperado pelos analistas - 557 mil. O desemprego também foi destaque no front interno, e com uma boa notícia. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 8,1% em junho, contra 8,8% em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se da menor taxa desde dezembro, que havia sido de 6,8%. Entre as principais ações listadas no Ibovespa, o destaque fica para o setor bancário, com altas expressivas, acima dos 3%, para papéis como o do Banco do Brasil e do Itaú-Unibanco. A ação mais líquida da Bovespa, a preferencial da Petrobras, tem avanço de 2,17%, influenciada pela entrada dos investidores estrangeiros e pela alta de 2,66% no preço do petróleo em Nova York.

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