Economia

Participação de estrangeiros na dívida interna sobe a 6%

postado em 23/07/2009 17:23
A participação de investidores estrangeiros no total da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) subiu para 6,09% em junho. Em maio, a parcela estava em 5,84%. O coordenador de Planejamento Estratégico da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Rodrigo Cabral, disse hoje que, nos últimos três meses, tem havido um retorno gradual da participação dos estrangeiros na compra de títulos da dívida federal interna [SAIBAMAIS]Essa participação chegou ao pico em agosto do ano passado, quando foi de 7%, mas com a crise financeira internacional, desde setembro de 2008, houve uma retirada desses investimentos. Os estrangeiros se desfizeram dos papéis. Segundo Cabral, a tendência é de um aumento suave da participação Emissão de prefixados O coordenador de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, afirmou que o Tesouro Nacional continuará a emitir títulos prefixados até o final do ano. Ele ponderou, no entanto, que a participação desses papéis no total da dívida pública federal (DPF) terminará, ao final de 2009, dentro da banda prevista no Plano Anual de Financiamento (PAF) Garrido fez essa afirmação ao ser questionado sobre o pouco espaço existente para emissão de prefixados, já que a parcela desse tipo de títulos no total da DPF fechou junho próximo do teto máximo da banda do PAF. Enquanto a banda do PAF para prefixados focou entre 24% e 31% do total, a parcela em junho alcançou 30% (ou 31,74% da Dívida Pública Mobiliária Federal interna) Garrido foi questionado se o Tesouro iria parar de emitir esses papéis. Quem respondeu foi o coordenador de Planejamento da Dívida, Rodrigo Cabral, que também participava da entrevista. Disse que, até o final do ano, há mais vencimentos de prefixados do que de papéis atrelados à taxa Selic e que, no cumprimento da meta, é preciso levar-se em conta também os resgates que serão feitos até o fim do ano. Garrido disse que a emissão direta de R$ 19,5 bilhões de papéis prefixados para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vai estrangular a capacidade do Tesouro de emitir títulos prefixados nos seus leilões primários O total da emissão direta para o BNDES, em junho, foi de R$ 26 bilhões, mas inclui títulos pós-fixados e papéis atrelados à inflação. O BNDES vai se desfazer dos papéis de maneira gradual, disse Garrido. Segundo ele, a atuação de venda desses papéis no mercado secundário é diferente da do Tesouro no mercado primário. Ele lembrou que, no primário, o Tesouro vende os papéis em lotes maiores Garrido observou ainda que tem havido uma tendência de redução do custo da dívida. Questionado se essa redução não está sendo lenta, respondeu: "A dívida tende a acompanhar a taxa de juros da economia. Eu não diria que o custo da dívida é caro em relação à taxa de juros (Selic).

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