Economia

Zona do euro caminha para estabilização, mostram índices

postado em 24/07/2009 10:52

A retração dos setores de serviços e manufaturas da zona do euro foi bem menor que o esperado em julho, mas as empresas continuam a cortar empregos em uma aposta para reduzir custos, mostram pesquisas divulgadas nesta sexta-feira.

O índice PMI de atividade do setor de serviços para a zona do euro, abrangendo cerca de 2 mil companhias, subiu para 45,6 pontos em julho, ante 44,7 em junho. É o maior patamar desde outubro do ano passado.

Enquanto este é o 14; mês em que o indicador fica abaixo da linha de 50, que divide contração de crescimento, a leitura foi maior que a média de estimativas dos economistas, de 45,1.

Por sua vez, o PMI para o setor manufatureiro também superou as estimativas de economistas, de 43,5 pontos, avançando para a máxima em 11 meses de 46 pontos, frente a 42,6 em junho.

Existem algumas divergências entre as duas maiores economias do bloco. Na Alemanha, o setor de serviços se contraiu no ritmo mais lento desde setembro e o de manufaturas exibiu o maior avanço mensal já registrado, indo para 45,2 pontos, ante 40,9.

Também divulgado nesta sexta-feira, o índice Ifo, que mede a confiança dos empresários alemães e é monitorado de perto pelo mercado, subiu para 87,3 pontos em julho, acima da estimativa de 86,5 obtida em um levantamento feito pela Reuters.

Por outro lado, dados da França foram menos animadores, com o índice do setor de serviços recuando para 45,5 pontos, frente a 47,2 em junho. O indicador para o setor de manufaturas, entretanto, subiu para 47,9 pontos, ante 45,9 no mês passado.

Emprego diminui

As empresas continuam cortando empregos em um ritmo acelerado, em um aposta para reduzir custos e continuarem operando, mas o índice de emprego do setor de serviços avançou para a máxima em 6 meses de 44,9 pontos, ante 44,5 em junho.

A taxa de desemprego na zona do euro atingiu em maio o maior nível em 10 anos, a 9,5%, e as expectativas são de que ela fique em média em 9,6% este ano, antes de subir ainda mais para 11,2% em 2010.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação