postado em 24/07/2009 11:01
A China continuará "comprometida" com uma política monetária moderada apropriada porque a recuperação na terceira maior economia do planeta ainda não se dá sobre uma base sólida, informou o Banco do Povo da China (banco central do país) nesta sexta-feira.Em um comunicado após encontro dos diretores da instituição para traçar suas políticas para o resto de 2009, o banco informou que irá controlar o risco de crédito dos bancos e garantir que os empréstimos cheguem à economia real. As taxas de juros a um ano na China estão em 5,31%.
Alguns diretores expressaram preocupação recentemente de que parte do recorde de empréstimos de bancos comerciais, de 7,37 trilhões de yuans (US$ 1,08 trilhão) no primeiro semestre do ano, teria sido destinada a ações e imóveis, criando uma bolha incipiente nesses dois mercados.
O comunicado do banco central, contudo, não mencionou a inflação nem a taxa de câmbio do yuan.
No início deste ano, o vice-diretor do banco central chinês, Yi Gang, descartou cortar as taxas de juros a zero para estimular a economia. Ele disse em fevereiro que um corte drástico dos juros não é necessário já que as contas da economia e a acumulação de reservas de divisas somam uma parte importante do PIB (Produto Interno Bruto) chinês, tornando ainda a margem para que o consumo aumente ampla.
Na semana passada, o BC chinês informou que as reservas internacionais do país atingiram o nível recorde de US$ 2,13 trilhões no final de junho, o que representa uma alta de 17,84% na comparação com o mesmo mês de 2008. Só no primeiro semestre, as reservas do país cresceram em US$ 185,6 bilhões.
As reservas de divisas chinesas, as maiores do planeta desde 2006, são geradas pelo excedente comercial da China e por investimentos diretos estrangeiros, além dos movimentos especulativos de capitais.
A progressão das reservas chinesas havia caído, pela primeira vez em dez anos, em 2008, quando avançaram 27,3%, contra 43,3% em 2007, segundo o Banco Central.