postado em 24/07/2009 18:06
O Banco do Brasil reduziu as taxas de administração de cinco fundos de investimento e o valor de aplicação mínima de outros 17. Com a medida, a taxa média de administração dos fundos passa a ser de 1,38%.
Entre as novas taxas dos fundos, a maior é a do BB Renda Fixa LP 100, que passou de 5,50% para 4%. Segundo o banco, também estão sendo alterados os valores de movimentação dos Fundos (valor mínimo de permanência no fundo, valor de aplicação mínima e valor de resgate mínimo).
[SAIBAMAIS]O banco informou que é possível fazer, por exemplo, aplicações a partir de R$ 50 como no fundo BB Curto Prazo Automático, que tinha valor inicial de R$ 200. Já a aplicação mínima do BB Refenciado DI LP passou de R$ 1 mil para R$ 200.
"O objetivo do BB é adequar a oferta de fundos à nova conjuntura do mercado, ampliar a competitividade e beneficiar os pequenos investidores, que passam a ter acesso a aplicações com custos menores", diz o BB em nota divulgada nesta sexta-feira (24/7).
Segundo dados divulgados pela instituição financeira, o Banco do Brasil é líder na administração de fundos de investimento, com patrimônio líquido de R$ 294 bilhões e participação no mercado de 22,6% (BB e BNC). O patrimônio líquido total do fundos de varejo é de R$ 78,5 bilhões.
O BB e outras instituições financeiras estão baixando as taxas de administração e o valor inicial de aplicação por conta das reduções da taxa básica de juros, a Selic, que, desde janeiro até agora, foi reduzida pelo Banco Central em cinco pontos percentuais. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.
Com as reduções dos juros básicos, a aplicação em poupança pode oferecer mais vantagens do que nos fundos. Isso ocorre porque a Selic remunera títulos públicos que compõem fundos de investimentos. Hoje, a caderneta de poupança rende Taxa Referencial mais 0,5% mensal e não são cobrados taxa de administração, nem Imposto de Renda.
Entretanto, em maio, para evitar a migração de recursos dos fundos para a poupança, o que afeta a demanda por títulos do públicos, o governo anunciou que pretende cobrar Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações na caderneta de poupança acima de R$ 50 mil, a partir de 2010, mas a proposta ainda precisa ser enviada ao Congresso Nacional.